O município de Garibaldi conta com uma das redes mais estruturadas para prestar ajuda a vítimas de violência na região. Coordenado pela Secretaria Municipal da Saúde, o Programa de Vigilância da Violência (PVV) orienta vítimas de qualquer tipo de violência e de todas as idades.

A coordenadora do programa, Rose Foppa, comenta que, para as vítimas, buscar ajuda pode ser difícil, mas é uma forma de evitar um desfecho pior. “Os casos podem acabar envolvendo toda a família e se tornarem recorrentes”, acrescenta.

Em 2010, logo após a criação do PVV, 46 casos de violência foram notificados. Em 2018, houve uma média de 370.

O PVV foi criado em 2009, para conhecer a situação da violência no município e definir as ações a serem tomadas mediante ao quadro. Desta forma nasceu a rede, hoje ainda formada pela assistência social (CRAS e CREAS), Conselho Tutelar, Polícia Civil, Promotoria Pública, Secretarias de Educação e Saúde (mental e dependência química) e Hospital Beneficente São Pedro (HBSP), por meio do Pravivis.

A primeira medida para quem sofre violência é buscar atendimento na saúde. Para isso, o HBSP conta com o Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Pravivis), em que enfermeiros, médicos e psicólogos são capacitados para atender a esses casos. “A vítima deve se dirigir à recepção do hospital e solicitar atendimento do Pravivis”, orienta Rose.

A assistente social Mônica De Antoni Farias lembra que a violência não ocorre apenas fisicamente: há desde crianças até adultos que vivem sob ameaças por anos, em uma forma de violência emocional e psicológica. “Não apenas quem sofre, mas quem tem conhecimento desse tipo de situação tem o dever moral de fazer a denúncia”.

Fonte: Assessoria de Imprensa
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