A prefeitura de Bento Gonçalves está organizando a vacinação de terneiras contra a Brucelose, este serviço tem por objetivo agendar a visita de um veterinário cadastrado na propriedade Sem esta alternativa, o produtor do município teria que contratar um profissional particular, o que oneraria muito, pois os frascos de vacina contêm dez ou quinze doses e após abertos o prazo de validade é de 24 horas. Ainda, a maioria das propriedades conta com apenas um animal.

O médico veterinário da Secretaria de Agricultura (SMDA) Cristiano Selbach da Silva explica que somente são vacinadas as terneiras que tenham a idade entre três e oito meses dentro do prazo determinado pela instituição. Os animas imunizados recebem uma marca, com ferro candente no lado esquerdo com um “V” e o algarismo final do ano. Como a SMDA organiza este serviço, o veterinário segue roteiro pré-definido o que diminui o custo e cada dose ao valor de R$ 20.

Nos últimos seis meses foram vacinadas 89 terneiras em 73 propriedades. O objetivo da prefeitura é atender a todos os produtores que desejarem realizar a vacinação de suas terneiras que é obrigatório e em caso de não ser feita poderá ser multado pela Inspetoria Veterinária e Zootécnica (IVZ) local, e ainda não conseguir emitir Guia de Trânsito Animal (GTA).

Brucelose

A vacinação é obrigatória, pois a Brucelose é uma doença infecciosa de grande importância, que ocorre em várias espécies de animais domésticos e também no homem, sendo, portanto uma zoonose. Ela pode ser transmitida pela ingestão de carne, leite e seus derivados contaminados ou pelo contato direto com animais doentes. Acometem bovinos e outras espécies (inclusive o homem) de todas as idades e de ambos os sexos, afetando principalmente animais sexualmente maduros, causando sérios prejuízos devido a abortos, principalmente no terço final da gestação, retenções de placenta, partos prematuros, inflamações no útero, baixa fertilidade e até mesmo infertilidade. A principal característica da brucelose é ser uma doença que afeta os órgãos da reprodução.

Algumas medidas de controle:
Informar a população para que consumam leite e outros derivados devidamente pasteurizados;
Orientar os trabalhadores que cuidam de animais sobre os riscos da doença;
Realizar provas sorológicas e eliminar os animais infectados;
Cuidados no manejo para a eliminação de placentas, secreções e fetos dos animais; e desinfecções das áreas contaminadas.