A união é uma das alternativas para melhorar não só o relacionamento entre os agricultores, mas também o desenvolvimento das propriedades rurais. Para o viticultor Jurandi Possamai, 71 anos, morador de São Valentim, no Distrito de Tuiuty, é preciso uma maior atenção de todo o setor com a temática.

Para o produtor, a brotação nas parreiras está dentro do ideal previsto, porém para a classe o momento é muito propício para que se discuta a sucessão rural e o preço da uva. “Não sei o que será da colônia de Bento daqui uns anos, pois estamos envelhecendo e os jovens indo embora”, comenta. Conforme ele, na Espanha é disponibilizada uma linha de incentivo destinada aos filhos de agricultores para que retornem para a zona rural. “São adquiridas propriedades e utilizadas tecnologias para atrair os jovens. Isso tudo por meio de subsídios, e aqui o que é feito? Está tudo estagnado”, questiona Possamai.
No contraponto, o resultado da última safra da uva foi desanimadora para os produtores. “Não havia uva, porém o preço foi reajustado um pouco, mas não o suficiente”, lembra. Para o viticultor, é preciso que se repense os valores, e se crie debates com resultados concretos.

Neste ano, as parreiras estão brotando de forma parelha e uniforme. No entanto, no ano anterior isso não ocorreu. “A vinícola transforma a uva em vinho. A colônia é uma indústria a céu aberto. Na produção ou se colhe ou se perde”, analisa.
Na safra anterior, de acordo com Possamai foram vários os fatores que influenciaram no resultado final, como o excesso de chuvas, granizo, geada, entre outros. Além disso, ele aponta que as entidades sindicais devem disponibilizar mais incentivos ao desenvolvimento e a competitividade.

Conforme Possamai há alguns anos, os viticultores tinham meio hectare de parreirais e agora tem cerca de dez hectares e afirmam que morrem mais plantas. “A turma reclama, mas a parreira é um ser vivo e um dia morre”, comenta.

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