A primeira Agroindústria de Vinho Colonial do Brasil é de Bento Gonçalves. Na terça-feira, 19, o Prefeito Guilherme Pasin entregou o certificado para a Piccola Cantina, do produtor Auri Flamia, de Faria Lemos. Além disso, a agroindústria passa contar com a certificação Selo Sabor de Bento, projeto realizado desde 2013, que pretende evidenciar e valorizar as agroindústrias familiares certificando a qualidade do produto oferecido.

Na região, cerca de 11 cantinas estão em fase de regulamentação. A limitação da produção é de 20 mil litros por ano e no mínimo 70% da uva utilizada deve ser colhida na propriedade. O comércio pode ser realizado dentro das propriedades e em feiras, cooperativas e associações de produtores.

Conforme o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar Bento Gonçalves, Thompsson Didoné o projeto piloto realizado em Bento Gonçalves é referência no país. “Essa regulamentação é um grande passo para o vinho colonial, que antes só podia ser consumido nas famílias. Isso irá afetar diretamente a qualidade do produto final. Bento é um projeto piloto, modelo para a Serra, para o Estado e o Brasil”, destaca.

Para uma das proprietárias da cantina, Diva Marcolin Flamia a certificação é a realização de um sonho. “A importância de conseguirmos o Selo Sabor de Bento é a realização de um sonho antigo de ter uma cantina de vinho legalizada, assim, trabalhar com amor, fazendo o que a gente gosta e poder vender nosso produto de forma tranquila, isso nos da muita alegria. A Prefeitura sempre nos incentivou, ajudando nos projetos e em tudo que precisávamos, junto com a Emater, que nos acompanhou. Temos muito a agradecer a eles”, disse.

O Secretário adjunto de Desenvolvimento da Agricultura, João da Silva destaca que as agroindústrias familiares constituem uma importante alternativa de geração de emprego e renda no interior do Município. “Priorizamos a organização das mesmas, pois, são alternativas econômicas para a fixação do agricultor no meio rural. E a legalização do vinho colonial é mais uma importante conquista”, salienta.

O projeto que regulamenta a produção de vinhos artesanais no País foi aprovado pela Câmara dos Deputados ainda em 2015.