O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) de Bento Gonçalves tem o desafio de trabalhar em prol da comunidade por meio dos órgãos de segurança. O presidente da entidade, Geraldo Antônio Leite, 59 anos, acompanha a evolução do Consepro desde sua fundação, há 35 anos e avalia o período que o país passa como inseguro e violento.  

Para Leite a impunidade é um dos fatores que faz com que o número de crimes aumente. “A legislação é muito branda e precisa ser modificada com urgência”, avalia. Ele acredita que outro ponto seja o aumento da cultura do ‘jeitinho’. “É a paradinha de um minuto em fila dupla, o conto do bilhete, a vontade de levar vantagem em tudo. Parece que a lei de Gerson está impregnada em nossa cultura”, analisa. 

O presídio de Bento é outro problema apontado por Leite. “O que temos hoje é um retalho de presídio, que não atende mais o porte da cidade”. Ele lembra que a verba entre R$ 12 e R$ 14 milhões para a construção de um novo prédio estava na Caixa Econômica Federal e foi deixado de lado por questões de interesses políticos e logísticos. “O prazo venceu e a União levou o dinheiro que era destinado para a obra”, enfatiza. Ele teme que apenas com uma tragédia algo possa ser feito em um prazo menor. “É muito preocupante termos um presídio que não comporta mais o número de pessoas que tem hoje, em pleno centro da cidade”, comenta.

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