Êles são engraçados!
Sim, MUUUUITOOOO engraçados, senão, vejamos. Desde os primórdios dos tempos, quando a política partidária foi inventada, as pessoas se reúnem em torno de uma causa ideológica comum. Cada partido criou o seu “conteúdo programático”, sua cartilha de normas a serem seguidas pelos filiados, tudo, claro, objetivando o “bem do povo” (essa cantilena falsa é mais antiga que uma posição de todos conhecida). Eis que, porém, deram o Golpe Militar-Midiático de 1964. Implantaram uma ditadura sem precedentes na história do Brasil, onde os que ousassem discordar do “regime” eram presos, torturados e, não raro, mortos. Não poderia haver “oposição ao regime” e isso era deixado claro de todas as formas, inclusive com a censura da imprensa e, até mesmo, letras de música. Como os militares não eram muito afeitos em administrar uma Nação deram um jeito de arregimentar “forças civis” entre aqueles que simpatizavam com suas ações.

Engraçadíssimos!
Pois é, os militares arregimentaram civis que se filiaram ao partido que os representava, a ARENA – Aliança Renovadora Nacional – ficando o MDB – Movimento Democrático Brasileiro – como “partido de oposição”. E não me lembro de ter visto qualquer militante do MDB guindado a cargos ditos “de confiança” pelos governos militares. Ou eles nomeavam militares adesistas, mesmo, ou membros da ARENA. Simples assim! E, claro, nenhum opositor ousava dizer que estavam “aparelhando o Estado”. Se dissessem, porões do DOI-CODI para eles, de onde muitos sumiram. E veio a tal de democracia, anunciada pelo último presidente militar, João Batista Figueiredo. Como ela uma nova Constituição – que, notadamente, virou uma colcha de retalhos bem vagabunda, de quinta categoria – possibilitou a proliferação de partidos. Aí veio o caos total. Os “interésses” de grupos sobrepujaram até mesmo os mais basilares requisitos de um verdadeiro partido político. Os “conteúdos programáticos” se tornaram letra morta para imperar os “espíritos de corpo” (ou “de porco”?) de grupelhos de cidadãos sem o menor compromisso com o que o Brasil e os brasileiros precisavam. Ficou tudo muito engraçado. O roto passou a criticar, falar mal do rasgado.

Quem “aparelha” são os outros…
Sarney assumiu a presidência num legítimo “golpe branco”, no meu entender, porque sem legitimidade. Mas, claro, ele colocou gente de sua confiança nos cargos públicos, os ditos “cargos de confiança”. Veio Collor, eleito pela televisão, pertencente a um partido nanico, sem representatividade. Não quis ceder às pressões dos partidos do Congresso e pagou caro por isso. E fhc, com duas eleições, não teve nenhum constrangimento para, a exemplo de prefeitos e governadores, nomear seus correligionários e membros de partidos adesistas para os cargos de confiança. Não se dizia, então, que ele ou qualquer prefeito ou governador estavam “aparelhando”. E assim foi sempre em todos os municípios e estados brasileiros. TODOS, INDISCUTIVELMENTE TODOS, fazem isso. E não precisamos ir longe. Basta observar o que fizeram os nossos prefeitos aqui, em Bento. Motivo óbvio: não seria lógico imaginar que um partido ou aliança política nomeassem ADVERSÁRIOS POLÍTICOS para os cargos de confiança. Só que, agora, algum imbecil que deve achar que todos são tão imbecis quanto ele, decidiu que nomear gente do próprio partido é APARELHAR o governo, seja ele federal estadual ou municipal. Não são muito engraçados eles?

O que são partidos políticos?
Obviamente não são mais as antigas agremiações que reuniam pessoas com o mesmo ideal político. Desde que Collor, com seu PRN, venceu eleições presidenciais que partidos passaram a ser apenas siglas, sem nenhuma consistência. Basta se ver as alianças que estão sendo feitas. Hoje temos 32 partidos recebendo DINHEIRO PÚBLICO do Fundo Partidário. Essas siglas são alugadas sem o menor pudor, numa total falta de respeito ao povo que paga impostos e, por conseguinte, é o contribuinte desse Fundo Partidário. As ditas “coligações” violentam até mesmo pessoas de mediana inteligência. O Partido Progressista (PP), aliado do governo federal petista, é adversário no Estado. O PMDB, idem. Vale o mesmo para o PDT e outros. Pior de tudo é que há militantes de todos os partidos chamando outros de “corruptos”. Não olham para o próprio rabo. Devem pensar que os “seus próprios corruptos” são melhores que os outros. O imundo atacando o sujo. Não se enxergam, mesmo! E pensar que houve um tempo em que todos se respeitavam na política!

Parabéns, Bento Gonçalves!!
Há 124 anos surgia Bento Gonçalves, com sua emancipação política. Poucos, na época, imaginavam que nascia ali um daqueles que viria a ser um dos dez municípios mais importantes do Estado do Rio Grande do Sul. Comemorar seu aniversário é, pois, o mínimo que nós, população que o habita, podemos fazer. Muitas atividades estão programadas para hoje, complementando outras que já aconteceram durante a Semana de Bento Gonçalves. Teremos hoje, como encerramento do Bento em Dança, a premiação dos dias 8, 9 e 10, e às 20 horas o Espetáculo de Encerramento, a “Noite dos Campeões”. Teremos também o final do “Congresso Brasileiro de Poesia” simultaneamente com a “Mostra Internacional de Poesia Visual” e com o “Encontro Latino-americano de Casas de Poetas”. Tudo isso aliado a outros eventos, como o Bolo de Aniversário a ser servido na Via Del Vino e o Desfile Temático amanhã, na Av. Osvaldo Aranha, às 15 h. Parabéns, Bento Gonçalves!