O consumo de tabaco diminuiu significativamente desde 2000, no entanto, essa redução ainda é insuficiente para atingir as metas acordadas globalmente para proteger as pessoas da morte e do sofrimento causado pelas doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).

Para o Dia Mundial sem Tabaco deste ano, celebrado na quinta-feira, 29, a OMS novamente une-se à Federação Mundial do Coração para destacar a relação entre o consumo de tabaco e as doenças cardiovasculares – que são as principais causas de morte no mundo, responsáveis por 44% de todas as mortes por DCNTs – ou seja, 17,9 milhões de mortes a cada ano.

O consumo do tabaco e a exposição à sua fumaça (fumo passivo) são as principais causas de doenças cardiovasculares, que incluem ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais e contribuem para cerca de três milhões de mortes por ano. No entanto, as evidências revelam uma grave falta de conhecimento dos múltiplos riscos à saúde associados ao tabaco.

“Brasil e Turquia são os únicos dois países no mundo que implementaram ações

de sucesso contra o fumo”

A maioria das pessoas sabe que o consumo de tabaco causa câncer e doenças pulmonares, mas muitas delas não sabem que o tabaco também causa doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais – os principais assassinos do mundo, segundo a OMS. Neste Dia Mundial sem Tabaco, a OMS chama a atenção para o fato de que o tabaco não causa apenas câncer, ele literalmente destrói corações.

Em muitos países, esse baixo nível de conscientização é substancial. Na China, por exemplo, mais de 60% da população não sabe que fumar pode causar ataques cardíacos, de acordo com a pesquisa Global Adult Tobacco Survey. Na Índia e na Indonésia, mais da metade dos adultos não sabem que fumar pode causar acidentes vasculares cerebrais.

Os governos têm em suas mãos o poder de proteger seus cidadãos do sofrimento desnecessário causado pelas doenças cardiovasculares. Entre as medidas que reduzem os riscos para a saúde do coração representados pelo e tabaco, estão: tornar todos os espaços públicos e locais fechados totalmente livres do fumo e promover o uso de advertências sobre embalagens de tabaco que demonstrem os riscos que ele traz à saúde.

E neste quesito, o Brasil, tal qual a Turquia, são os dois únicos países, dentre as 171 nações que aderiram às medidas globais da Organização Mundial da Saúde (OMS), que implementaram ações governamentais de sucesso para a redução do consumo de tabaco.