Toda mulher é uma diva, basta descobrir. E as nove drags que fazem parte do Reality Show Divine, gravado na Serra Gaúcha mostra exatamente esse lado para algumas participantes.

A ideia central da atração é mostrar para o público o poder das drags, passando pela busca do autoconhecimento e da austoestima. Durante os sete episódios elas revelam as nuances entre os estágios iniciais da preparação, a maquiagem, o cabelo e, por fim, o figurino com perfomances que foram feitas com ações sociais em Caxias do Sul.

A primeira temporada já está gravada e possui sete episódios. As exibições ocorrerão na Sala de Cinema Ulysses Geremia (Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho- Caxias do Sul) e iniciam dia 26 de novembro. A surpresa fica por conta da vencedora do reality, que ainda é desconhecida e será revelada no dia 17 de dezembro, a partir das 17h, com um desfile das drags participantes e um bate papo.

Samuel Alves Pereira é o proponente do projeto que faz parte do Fundo Municipal de Cultura de Caxias do Sul (FinanciArte). Além disso, o produtor de festas temáticas atuou como diretor do programa. E o desejo? Segundo ele, aflorou depois de viver o mundo drag em suas festas. “Sempre tive vontade de mostrar o lado dessas pessoas que se montam e fazem um trabalho tão bonito como Drag Queen, afinal isso é uma arte”, comenta.

Divine!
Um reality show sobre as Drag Queens da Serra Gaúcha

Horários de exibição na Sala de Cinema Ulysses Geremia
26/11: 15h (episódios 1 e 2)
03/12: 16h (episódios 3 e 4)
10/12: 16h (episódios 5 e 6)
17/12: 17h (exibição final e coroação + bate-papo com as dragas participantes)

Horários de exibição no Alouca Café (Rua Coronel Flores, nº 603 – Caxias)
26/11: 20h (episódios 1 e 2)
03/12: 20h (episódios 3 e 4)
10/12: 20h (episódios 5 e 6)
17/12: 21h30min (episódio final)

Depoimentos: 

Eu me apaixonei pelo mundo drag assistindo RuPaul’s Drag Race (reality show americano), e sempre quis ser estilista de drags. A Ametiste me ajuda a mostrar um lado meu mais extrovertido, feminino e perua que eu não demonstro no dia a dia.

 

 

A criatividade foi fundamental para o reality. Aprendemos a encenar, falar em público e, sem falar, que compartilhamos experiências com as outras drags. A Ariel Banks é exatamente como eu gostaria que ela fosse, pois ela expressa muito de mim.

 

 

Foi a maior experiência da minha vida. É incrível compartilhar tantas coisas com pessoas que a gente não conhece. Apesar de ser a rainha das tretas e, muitas vezes, querer matar todas as outras fui muito feliz. A Queenie Storm arrasou!

 

 

Dicionário Drag:

Bate cabelo: dança criada por drags brasileiras em que movimentos rápidos são feitos com a cabeça, mostrando o movimento feito pelos cabelos soltos. Normalmente é realizado no ápice da apresentação.

Babado: fofoca ou novidade.

Boy magia: homem bonito, atraente e desejado

Diva: musas ou musos inspiradores de drag queens.

Death Drop: movimento em que a drag queen dobra uma das pernas e deixa a outra esticada, se jogando no chão. A sensação é de que a artista está se “jogando para a morte”, por isso o nome do passo em inglês. É muito usado em fim de apresentações.

Enchimento: pedaços de espuma colocados em pontos estratégicos para imitar o formato do corpo feminino.

Fishy: drag que visa ficar o mais parecida possível com o estereótipo feminino .

Gongar: zoar, falar mal ou críticar algo.

Hino: música com grande significado emocional para a drag.

Lacre e tombamento: atitude poderosa ou quando alguém vai muito bem em alguma atividade.

Lace: tipo de peruca com rede para dar ilusão de que o cabelo falso realmente sai da cabeça.

Picumã: peruca.

Mamma: drag mais velha e experiente que ajuda drags mais inexperientes

Montação: processo de aplicar maquiagem e roupas para assumir a persona drag.

Shade: comentário maldoso e indireto.

Queen: abreviação de drag queen.

Veja a galeria:

(fotos  Laine Bacarol)