Um financiamento do Governo do Estado junto ao Banco Mundial, no valor de R$ 30 milhões, deve por um ponto final nos problemas da ERS 431, que liga Bento Gonçalves a Guaporé e há décadas sofre com as influências do homem e da natureza.

Hoje, provavelmente, não seria escolhido este trajeto para a abertura de uma estrada, principalmente porque a tecnologia evolui muito e é possível fazer um estudo detalhado do solo, da ocupação, do impacto, enfim, uma série de variáveis. Conforme relatório da Equipe de Projetos de Pavimentação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), que fez uma avaliação de risco geológico da ERS-431, na localidade de Santa Bárbara, seis pontos vão passar por recuperação, a exemplo do quilômetro 13,5, trecho que sofreu uma intervenção de engenharia já concluída, após um desmoronamento em novembro do ano passado. Inclusive, este ponto não estava no estudo.

Segundo levantamento feito no local do desmoronamento, um dos prováveis motivos para que o solo cedesse seria a obstrução de uma tubulação de concreto responsável pelo escoamento. A água retida nestas encostas contribui significativamente para o aumento da pressão nos solos, podendo causar deslizamentos. “Fica o alerta para que não se faça intervenção na área da faixa de domínio do DAER e muito menos realize obras ou modifique o sistema de escoamento e drenagem” comenta o superintendente regional, Adalmiro da Silva Neto.

O risco de movimentação da encosta, principalmente com o volume de chuvas e o corte de vegetação nativa, também existe em outros pontos. Um relatório realizado para avaliação de risco geológico apontou que antes do tão sonhado asfaltamento em toda a extensão da ERS-431, algumas obras tão ou mais complexas do que a que foi realizada recentemente devem ser feitas em outros pontos apontados por técnicos.

Os estudos contemplam seis pontos de ocorrência de movimentos do solo (sendo que dois já foram executados e um foi constatado estável) e um ponto de interseção entre a rodovia ERS-431 e a rede ferroviária e também duas pontes, uma sobre o arroio Claudino e outra sobre o Arroio Santa Barbara. A avaliação tem por base um estudo realizado por uma empresa em 2006/2007 e conforme a vistoria realizada nos locais anteriormente apontados, serão feitos ajustes nos projetos.

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