Ao longo dos últimos anos tenho acompanhado a economia brasileira e os comentários de “experts” a respeito dela. Mas, mais do que opiniões e palpites sobre o futuro, são os números que traduzem a economia. E números, a matemática, é incontestável, diziam meus professores. Então, tomando por base dados históricos do IBGE, constatei o seguinte: O PIB do Brasil de 1994 a 2002 nunca superou a média do PIB mundial; de 2003 a 2013 superou a média mundial em quatro oportunidades; em 1995, o PIB brasileiro foi de 709 bilhões de reais e em 2002, de 1,491 trilhão, com crescimento, pois, de 110%; em 2003 foi de 1,720 trilhão e em 2015, de 5,9 trilhões. Como se vê, o PIB brasileiro cresceu, de 2002 a 2015, 270%.

Números! II
O índice inflacionário pelo IPCA era, em 2002, de 12,53%. Em 2016 está em 9,38%. A taxa de juros Selic era, em 2002, de 25% e agora está em 14,25%. A taxa de desemprego era, em 2002, de 12,2% e agora está por volta de 11%. Enfim, diante de números, dá para se admitir que o massacre midiático sobre a “crise” atual não encontra parâmetros com alguns períodos de um passado recente. E, sabendo-se, comprovadamente, que o Brasil superou essas “crises”, não há motivos reais para se dar tanta ênfase à atual, sem ser, notadamente, com intenções político-partidárias. Portanto, atribuo essa “crise” atual à politicagem imunda que assola o Brasil e à grande imprensa que se aliou aos setores bem identificados do “quanto pior, melhor”, obviamente para as intenções espúrias que deixam transparecer escancaradamente.

Quais as medidas?
Claro que para a maioria do povo brasileiro que, como eu, é um tanto quanto leiga em economia e suas “nuances”, fica difícil entender alguns economistas ligados à grande imprensa. Já ouvi muito que o incentivo ao consumo havido de 2009, inclusive através da redução da taxa de juros e facilitação nos financiamentos de logo prazo, foi “muito ruim”. Então tá! Bom, mesmo, é criar um clima de terrorismo econômico e deixar a população em pânico, gastando apenas no que for para sobreviver. O desemprego vindo do baixo consumo e, por conseguinte, menos consumo ainda, deve estar atendendo as “teorias econômicas” desses “experts”. Então, que a imprensa continue a falar na “terrível recessão”, no desemprego, na inadimplência, etc, etc. Assim estarão sendo tomadas todas as medidas para retomar o crescimento. É, definitivamente, a economia não é para leigos, como eu e 99% do povo brasileiro.

Enquanto isso…Enquanto isso…
Pois é, enquanto surge no Brasil, a cada dia, um ladrão, um bandido, um corrupto ou vários deles no mundo político e empresarial, os demais delinquentes, tipo assaltantes de bancos, de empresas grandes, médias ou micros, e de furtos e roubos a pessoas, muitos de nossos “mui leais e valorosos” parlamentares continuam preocupados com as falcatruas que cometem e, por isso, não reformulam a legislação brasileira no sentido de torná-la menos branda com aqueles que cometem crimes, de todas as espécies. Aqui, em Bento, já se tornaram rotina os assaltos à mão armada a empresas, residências e pedestres. E a polícia prende alguns, mas a justiça, por falta de presídio (que não temos, graças à omissão da população), solta. Hoje em dia, definitivamente, viver é para os fortes.