De acordo com o INCA, o número de exames realizados passou de 1,6 milhão para 2,2 milhões, no comparativo entre o primeiro semestre de 2010 e 2016.

Dr. José Michel Kalaf, membro da Comissão de Mamografia do CBR e da SPR, esclarece as cinco dúvidas mais comuns sobre o exame.

O que devemos saber sobre a mamografia? Como funciona?
O exame consiste no estudo radiológico das mamas: sendo capaz de detectar lesões de pequenas dimensões, não palpáveis. Esses tumores têm grandes chances de cura quando diagnosticados e tratados de forma adequada na fase inicial. É importante ressaltar que a mamografia é um exame radiológico aprimorado com equipamento adequado para avaliação seletiva das mamas.

A mamografia deve ser feita todos os anos?
É aconselhável sim. No Brasil, a recomendação do Colégio Brasileiro de Radiologia, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, é que o exame de mamografia seja realizado anualmente a partir dos 40 anos para o diagnóstico precoce de uma possível lesão mamária.

Existe alguma contraindicação? Quais os principais cuidados?
A mamografia não tem contraindicações. Apenas pacientes com mamas densas e com próteses de silicone requerem atenção especial. Pacientes com mamas densas podem necessitar de estudo ultrassonográfico complementar. Durante o exame, pessoas com próteses de silicone são submetidas, de forma cuidadosa e manual ao deslocamento posterior das próteses para melhor visualização do tecido mamário.

Câncer de mama também atinge homens. A mamografia também é indicada? Quando?
A incidência de câncer de mama no sexo masculino é pequena. Para cada mil casos, apenas um é diagnosticado em homens. Por isso, não há indicação para a realização rotineira deste exame em homens, a não ser em casos muito específicos e clinicamente bem definidos.

Quais os tipos de mamografias existentes?
Há dois tipos: a primeira delas é a mamografia com sistema CR, que é a digital indireta. Ela utiliza o equipamento convencional e placas específicas que armazenam a imagem que depois é processada. A segunda é a mamografia digital com aquisição direta, sistema totalmente digital no qual o sensor que captura a imagem está incorporado ao aparelho. Altamente sofisticada e com computação avançada, possibilita exames de alta qualidade e facilita a introdução de sistemas adicionais como tomossíntese e mamografia com contraste.

A importância do exame preventivo
O autoexame continua sendo um importante recurso para o diagnóstico precoce da doença. De acordo com uma pesquisa realizada pelo INCA, em 66,2% dos casos de câncer de mama, a própria mulher detecta os primeiros sinais da doença. Após a identificação suspeita, é importante que a paciente consulte seu médico para realizar exames preventivos como, por exemplo, a mamografia.

Fonte: Comunicação Corporativa Press Office