Área inacabada do residencial Fiorenzo está sendo utilizada por moradores de rua

A novela do inacabado residêncial Fiorenzo, no bairro São Francisco, que já dura oito anos, ganhou mais um capítulo negativo para os proprietários, com o registro de uma nova invasão por moradores de rua, usuários de droga e suspeitos de assalto na região.

A ação foi descoberta por uma das proprietárias que trabalha próximo ao residêncial e que soube de uma ação da Polícia, no local em busca de um suspeito de assalto. Ao se dirigir até lá, conversou e contou com a ajuda de um dos policiais, que entrou nas depedências do prédio e filmou a invasão de moradoras de rua.

Os demais proprietários tiveram acesso as imagens da invasão e desencadearam novos encaminhamentos junto aos seus advogados contra a Futura Construções, responsável pela obra ainda não entregue. Conforme um dos proprietários, Carlos Lamberty. “Tentamos inúmeras tentativas de acordo com a construtora, e alguns moradores acordaram em mover uma ação judicial que ainda está em trâmite. O construtor alega que não entregou a obra porque os proprietários processaram ele pelos atrasos e que faltou recursos. Porém, essa alegação não é verdadeira, pois recentemente entregou outros empreendimentos. Nesses oito anos de atraso o construtor demonstrou total descaso e desinteresse em explicar os motivos pelos atrasos da entrada da obra, inclusive dificultando o acesso a conversação”, conta.

A invasão também teve confirmado por vizinhos, que reclamam que o local, mesmo com tapumes para dificultar o acesso, está sendo usado além de moradia como por usuários de drogas, aumentando o perigo na região. Situação que também incomoda o grupo de proprietários. “O descaso da construtora não está somente sendo com os proprietários que pagaram por seus bens, mas também com a vizinhança, pois o prédio se tornou abrigo para o uso de drogas e moradia de andarilhos”, diz um deles.

Outro reforça a indignação também com a demora da justiça. “Estamos dispostos as melhores práticas para a finalização da obra de forma pacífica, mas o descaso também da legislação nos deixa descobertos. O contrato assinado parece não ter valor legal. É preciso que algo seja feito para que não se passem mais oitos anos”, afirmou.

O objetivo do grupo é ter a guarda do projeto para finalizar e acessarem suas residências.