“A vida toda, sempre tive algum animal de estimação em casa, a maioria infelizmente foram levados pela idade, mas, uns foram outros vieram. Hoje além das calopsitas, tenho duas cachorrinhas, as duas foram adotadas, a primeira veio da casa de uma tia que mora no interior com alguns dias de vida, a segunda foi abandonada pelos donos, tinha em torno de nove meses. Foi em uma rede social, em um grupo que preza por ajudar animais abandonados, que eu a vi, a pessoa que encontrou também não podia ficar, então me dispus a ajudar encontrar um lar para ela, levei ao veterinário para fazer vacinas, dei banho e devolvi para a pessoa que no momento dava lar temporário, até encontrarmos uma família para ela. Mas para meu desespero naquela noite ela acabou fugindo. Então divulguei nas minhas redes sociais que estava a sua procura , pedi ajuda dos meus amigos e deixei o meu telefone para contato. Aquela foi para mim, uma verdadeira “noite de cão”, não consegui dormir, pensar que ela esteve em minhas mãos um dia antes, e agora estava na rua, largada a própria sorte, minha consciência me esmagou, claro, ela já tinha ganho o meu coração. Cedo pela manhã recebi uma mensagem que alguém havia visto, pedi para segurarem-na, larguei tudo e fui buscá-la. Quando pela segunda vez coloquei os olhos nela, tive certeza de que ela tinha vindo para minha vida pra ficar! Já era amor antes de ser! Hoje Belinha com quatro anos e Bianca com três são tão parecidas que parecem irmãs! Amo as minhas meninas! Os animais representam o amor de uma forma especial, enxergar a fragilidade e ao mesmo tempo a força e a inteligência que só eles tem, é um despertar da consciência para todas as coisas criadas por Deus, é um aprendizado maravilhoso!”
Marinês Petroli
 

“A Vitória é uma cadelinha Shih-tzu especial, que nasceu no dia 12 de fevereiro de 2013 com fenda palatina e lábio leporino. Desde seu primeiro dia de vida cuidamos dela, levamos ao veterinário que recomendou dar mamadeira e leite especial para cães e amamentar de 2 em 2 horas. Foi o que deu certo e conseguimos salvá-la. Desde aquele momento, de dar mamadeira nas madrugadas, temos uma ligação muito forte, não somente com ela, como também com os 5 filhos de quatro patas. Vitória foi a quinta filhotinha da ninhada de 6; sua irmã Chilica nasceu sem rabinho. Elas são filhas do Spike e da Jolie. Não tem preço que pague ver a alegria, o amor e a paz que eles nos trazem. Eles são especiais, representam amor puro e verdadeiro, chegar em casa no final do dia e ser recebido com festa e beijos de todos, pois se a gente chegar em casa e não pegar todos no colo um minuto que for eles não param de pular nas pernas, o amor que nos dão é incondicional com eles não existe tempo ruim”.
Marcio Somensi

 

“Nossa preta amada apareceu em nossas vidas há um ano. Estávamos na praia, no inverno e ela chegou e se deitou de barriguinha para cima. Notamos que estava grávida, faminta e com alguma dificuldade de andar. Nos apaixonamos e à levamos para dentro de casa, demos banho, comida e uma cama quentinha. Começamos então a procurar se tinha dono. Um vizinho falou que ela havia sido atropelada pelo dono que à jogou no mato achando que ela tinha morrido. Esse vizinho, ouvindo gemidos, a encontrou muito machucada, a recolheu, levou ao veterinário e salvou ela. Ela tem algumas sequelas, mas tem uma vida normal. Corre, brinca, adora tomar banho de mar. Depois de curada foi devolvida ao dono e novamente abandonada quando o mesmo foi embora. Devido ao seu histórico e sua simpatia resolvemos adotar. Nasceram seus meninos em agosto do ano passado, foi uma alegria, trouxemos toda a família para cá, seus bebês foram adotados e ela castrada e agora tem toda a assistência veterinária. Sempre que viajamos temos a documentação que permite ela viajar de ônibus. Não nos imaginamos mais sem a Preta. Nosso gatos também adoram essa pequena. Adotar é realmente um grande gesto de amor”.
Estela Camargo

 

“A Lilica foi abandonada em 20 de novembro de 2014, uma quinta-feira, final do dia, lembro como se fosse hoje. Com as mamas muito inchadas e inflamadas, pois estavam cheias de leite. Ela tinha acabado de ter filhotes que não sabemos qual destino tiveram. Com 42º de febre, ela não tinha mais forças para caminhar, mas graças a Deus conseguiu chegar até a casa da minha mãe, onde a resgatamos. Foi um alívio, pois se não tivéssemos a encontrado naquele momento, provavelmente ela não estaria mais aqui. Chamamos um veterinário que logo chegou para atendê-la e a medicou para a febre e dor que estava sentindo. Como o caso estava muito crítico, no final de semana ela piorou, as mamas se romperam e ficaram em carne viva. Internamos ela para tratar a mastite que gerou uma infecção bem feia, uma anemia severa e também uma infecção no útero. Após alguns meses de tratamento e cirurgia, inclusive castração, que foi realizada através de ajuda financeira vinda de alguns anjos humanos, através de campanha no facebook, aquela que era para ser colocada para adoção continua na casa da minha mãe (que não era muito fã de cachorro). Uns meses depois ela sumiu por um dia, e no outro dia voltou com mais um amiguinho, o Totó. Ele chegou desidratado, magro e cheio de vermes e também acabou indo para tratamento e castração para logo depois ser colocado para adoção, mas a história se repetiu, nos apegamos muito a ele e até hoje vive com nós. Eles sempre ajudam a deixar o nosso dia melhor. Não existe maior felicidade do que quando chegamos em casa. Eles sempre vem nos recepcionar com a maior alegria do mundo, mesmo tendo ficado pouco tempo fora de casa, às vezes parece que eles ficaram dias sem nos ver e é sempre assim, a cada chegada. Isso torna o dia de qualquer pessoa mais feliz, com certeza”.
Luciana Tumelero

Quando os animais ajudam

Por mais que digamos que os animais curam as pessoas, os bichinhos também podem ser curados por meio do amor e carinho dos humanos. Sirlei Miolo adotou a Linda ainda quando tinha a Talita (uma york já com 15 anos e com câncer de mama). “Neste um ano em que a Talita ainda ficou conosco, apareceu a oportunidade de adotarmos a Linda, que é uma cachorra especial e precisava de muitos cuidados. Fizemos até plástica buco-maxilo-facial, pois ela espirrava muito e não sabíamos o motivo, ela tem uma abertura na boca, mas depois do procedimento cirúrgico ficou muito bem. Ela começou a ganhar peso, se alimenta direitinho. Ela é uma cachorrinha feliz, vemos pelas atitudes dela e pelo amor enorme dela. Sentimos que ela tem uma gratidão por nós, pois sempre fizemos o possível para darmos a ela tudo do bom e do melhor. Não medimos esforços. Ela é muda, não late, mas sabe se expressar da maneira dela. Ela nos ajuda diariamente retribuindo todo o amor que dedicamos. A Linda percebe quando estamos tristes ou com alguma dificuldade e auxilia nestes momentos. Ela tem um carinho e é muito apegada ao meu marido e é uma integrante da família”, explica Sirlei.

João Vitor Assunção Schweizer, de cinco anos, foi diagnosticado com autismo aos dois anos e meio de idade. A notícia não foi um susto para os pais, mas sim um estímulo para melhorar a cada dia a vida dele. A partir daquele momento, o pequeno João iniciou tratamentos com diversas especialidades, inclusive com os animaizinhos, como cães e cavalos. Segundo a mãe, Sinara, são estes pequenos detalhes que fazem a diferença, pois a presença do cachorro está auxiliando na sua alfabetização. “Ele está se desenvolvendo muito bem, especialmente na questão da fala. O João, por ser uma criança muito ativa, também se tornou mais carinhoso. As terapias estão ajudando muito, pois são só benefícios depois de todos os tratamentos. Por exemplo, o João é estimulado a jogar a bolinha ao cachorro e aprendeu a chamá-lo. Tudo isso é algo muito positivo na vida dele e só continuará trazendo vantagens”.  Na fotografia, João em um momento de terapia assistida com cães com a psicopedagoga Letícia Casonatto na Clínica Jeito de Ser.