O Ministério Público Estadual abriu inquérito para investigar uma denúncia de favorecimento no concurso realizado na Câmara de Vereadores. O MP apura se alguns candidatos tiveram acesso a prova ou receberam informações privilegiadas sobre as questões do processo seletivo. O inquérito está em sua fase inicial e ainda não há uma conclusão sobre o caso.

De acordo com o promotor Alécio Nogueira, as denúncias chegaram ao Ministério Público em novembro do ano passado, antes mesmo da realização da prova. “As notícias não chegaram com muita concretude, mas a informação remetida a esta Promotoria foi a de que haveria candidatos que já sabiam, de antemão, que seriam aprovados”, destaca o representante do MP. Ele revela que, mesmo que a denúncia não tivesse muita solidez, naturalmente, precisa ser investigado, não sendo possível qualquer posição ainda com relação a tais fatos. Nogueira informa que, até o momento, foram feitos apenas pedidos de informações para a Câmara de Vereadores, o que faz parte da fase inicial do inquérito.

A denúncia anônima foi feita por uma pessoa que trabalhou na Câmara de Vereadores, provavelmente como cargo de confiança de um dos parlamentares. Em seu relato, o denunciante cita fatos ocorridos no concurso feito em 2009, onde também teriam ocorrido irregularidades. Ele cita nomes de candidatos aprovados que teriam sido beneficiados durante o processo seletivo. Para o concurso realizado em novembro deste ano, o documento cita três assessores do presidente da Câmara, vereador Valdecir Rubbo (PDT), que seriam os beneficiados no concurso. O denunciante alega que os assessores não teriam conhecimento suficiente para ficarem em primeiro lugar nos cargos disputados. Entre os nomes citados, um foi o melhor colocado no cargo em que disputou, enquanto outro ficou em segundo lugar. O terceiro assessor não aparece na lista de classificação ao cargo citado na denúncia.

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