Acreditar, ouvir e dar voz aos colaboradores é um dos segredos para o sucesso da Marcopolo S.A., que acreditou desde o início que as pessoas são a base principal para um negócio dar certo. Na noite desta segunda-feira, 29 de setembro, durante palestra jantar na sede do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), que reuniu cerca de 150 empresários, o presidente emérito da Marcopolo, Paulo Bellini, relatou como as pessoas dentro da empresa são tratadas e motivadas constantemente.

Bellini, 87 anos, carrega a experiência profissional e de vida de 65 anos dentro da Marcopolo. Como fundador da empresa exerceu diversas funções, em vários setores, até se tornar presidente da organização e levar a empresa a ser reconhecida internacionalmente. “A Marcopolo começou com uma empresa pequena e cresceu como as outras. Nós acreditávamos, fazíamos e foi acontecendo”, afirma.

A valorização do ser humano sempre foi um ponto crucial para Bellini, que a partir de 1986, após uma viagem ao Japão, implantou a técnica japonesa de administração na área de processos e pessoal humano que viu nas empresas de lá. “Nunca impomos nada aos nossos colaboradores, sempre sugeríamos e aos poucos eles começavam a se engajar. Além disso, mostrávamos sempre o verdadeiro apoio do presidente e dos líderes”, destaca Bellini.

Segundo Bellini, na Marcopolo todas as pessoas sempre tiveram voz e puderam dar sugestões para que a empresa pudesse melhorar sempre mais. “Todos os dias, durante muitos anos, eu passava nos setores para motivar as equipes e agradecer pelas sugestões que estavam dando certo. A simplicidade, a coisa simplória que nós fazíamos, tornou-se o que é a Marcopolo hoje”, saliente o presidente emérito.

“As pessoas ficavam entusiasmada com o tipo de atenção de recebiam e percebemos que precisávamos nos aproximar cada vez mais” enfatiza Bellini, que durante muito tempo fazia questão de entregar pessoalmente os brindes aos seus colaboradores com um aperto de mão.

Segundo o fundador, o desenvolvimento da Marcopolo se deve a técnica japonesa que conseguiram implementar de forma positiva, rompendo a formalidade e estimulando os funcionários. “Uma intensificação maciça de treinamentos e motivação tornou-se o grande diferencial para a empresa, que se mostrou com grande potencial e complexidade, além de uma grande quantidade e variedade de produto”, finaliza Bellini.