Cerca de 46 milhões de italianos devem ir às urnas neste domingo, 4 de março, nas eleições gerais para reformular o Parlamento do país. O pleito que será disputado entre uma coalização de direita, outra de centro-esquerda e o Movimento 5 Estrelas (M5S), que se apresenta como sem ideologia e antiestablishment.

Os locais de votação abrirão as portas às 7h local (3h, em Brasília) e fecharão às 23h local (19h). Imediatamente depois será iniciada a apuração, começando pelos votos do Senado e depois da Câmara dos Deputados.

Os italianos terão que escolher os 630 deputados e 315 senadores. Os líderes serão escolhidos a partir de um método misto, chamado de “Rosatellum bis”, no qual 36% das cadeiras da Câmara Baixa e Alta serão atribuídas com um sistema majoritário baseado em circunscrições uninominais e os 64% restantes de forma proporcional.

Além disso, estabelece um mínimo de 3% de votos para que os partidos possam entrar para as câmaras e de 10% caso concorram coligados. Os italianos terão amanhã em suas mãos duas cédulas, uma rosa para a Câmara dos Deputados e outra amarela para o Senado.

Desde o dia 14 de fevereiro, o Consulado Geral da Itália em Porto Alegre começou a enviar, via Correios, correspondências para aqueles que têm direito a voto no Rio Grande do Sul. Das cerca de 85 mil pessoas com cidadania italiana, em torno de 70 mil estão aptas a votar. Na Serra, 14,3 mil poderão escolher seus candidatos. Conforme a nova legislação eleitoral, para alcançar uma vaga no parlamento, os candidatos precisam conquistar 22 mil votos.

Diferentemente de outros países, os cidadãos italianos que vivem fora da Itália não votam em candidatos representantes das regiões italianas e sim, em pessoas que irão representar os expatriados no Parlamento do país europeu. Desde 2006, os italianos no exterior têm direito a 12 deputados e seis senadores.

O prazo limite para o recebimento das cédulas por parte do consulado brasileiro encerrou nesta semana.