A expectativa do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) é que a comercialização de espumantes cresça entre 8% e 10% em 2017. De acordo com informações do Instituto, nos últimos 10 anos o consumo da bebida dobrou, no ano passado teve uma queda por circunstâncias variadas e, neste ano, a previsão é que haja retomada de crescimento.
Na avaliação da entidade, o ponto alto de consumo da bebida é nos meses de novembro e dezembro. Ainda de acordo com informações do Ibravin, o mercado brasileiro abrange aproximadamente 20 milhões de litros, mas com potencial para dobrar em pouco tempo, sobretudo pelo aumento de consumo na região Nordeste.
De acordo com o vice-presidente do Ibravin, Oscar Ló, o consumidor deixou para fazer suas compras de final de ano no último momento. “Conversando com as vinícolas, até agora percebemos que o melhor mês foi novembro”, avalia.
Ele observa ainda que o espumante está deixando de ser um produto específico das festas e eventos especiais, uma vez que está sendo consumido no dia a dia. “Principalmente no litoral, na beira da piscina, no happy hour”, pontua.
Ainda segundo o vice-presidente, o crescimento sustentável, nos últimos 10 anos, é reflexo do trabalho de divulgação e do aumento do poder aquisitivo dos consumidores. “De modo geral, as pessoas passaram a ter mais acesso ao produto”, complementa.
Ló atribui a previsão de crescimento ao início da recuperação econômica e aos resultados obtidos em outubro e novembro. “Em 2016 tivemos uma queda por conta de várias circunstâncias, mas acreditamos que, a partir desse ano, o consumo vai ser retomado”, analisa. Na sua avaliação, o volume de espumante consumido no Brasil ainda é pequeno.

Mercado em crescimento

Ainda de acordo com o Ibravin, foi comercializado 50% da produção de espumantes entre os meses de outubro e novembro. O órgão avalia o dado como consequência das festas de final de ano, muito associadas ao consumo da bebida.
No entanto, o consumo dos vinhos brancos, bebida também associada ao verão, não tem o mesmo resultado positivo que o espumante. “Pelo que nós percebemos, o volume continua muito baixo”, comenta o vice-presidente.

Rosés ganham espaço

Na observação do vice-presidente do Ibravin, Oscar Ló, os vinhos rosés estão se mostrando uma oportunidade de negócio para as vinícolas, uma vez que a aceitação do consumidor ao produto tem sido muito positiva. “Nós estamos percebendo isso desde 2015. Então talvez este seja mais um mercado para as vinícolas explorarem”, comenta.