A partir deste mês, a rede pública de saúde vai passar a oferecer a vacina contra o HPV para meninos de 12 a 13 anos como parte do Calendário Nacional de Vacinação. A faixa etária, de acordo com o Ministério da Saúde, será ampliada gradativamente até 2020, período em que serão incluídos meninos de 12 a 13 anos. A expectativa da pasta é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos este ano, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/aids no Brasil. Serão adquiridas, ao todo, 6 milhões de doses ao custo de R$ 288,4 milhões. Em Bento ainda não há previsão para que as imunizações iniciem e nem como o processo irá funcionar.

O esquema vacinal contra o HPV para meninos será de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Já para os que vivem com HIV, o esquema vacinal é de três doses, com intervalo de dois e seis meses, respectivamente. Nesses casos, é necessário apresentar prescrição médica. O responsável pela Unidade Imunológica de Bento Gonçalves, Michel Manfredini, coordenador do setor de imunizações da Secretaria de Saúde do município garante que no início de fevereiro haverá uma reunião para que seja definido o calendário de Bento. “Não temos nada definido ainda, mas em conjunto com o que for denifido para o Rio Grande do Sul, será aplicado aqui também. A população pode ficar tranquila, pois logo teremos um posicionamento e saberemos se iremos fazer um trabalho nas escolas para imunizar essas crianças, ou se eles virão até a secretaria ou aos postos de saúde. Tudo isso precisa ser muito bem pensando e planejado, já que é uma grande campanha e de extrema importância para os jovens de hoje em dia”, salienta Manfredini.

A doença

HPV é a sigla em inglês para papiloma vírus humano, capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos, sendo que cerca de 40 podem infectar o trato ano-genital.

A infecção é muito frequente, mas transitória, regredindo espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre eles, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

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