Números apresentados pelo comando da Brigada Militar de Bento mostram redução em sete de oito tipos de ocorrências

Os crimes contra a vida mantiveram tendência de alta em Bento Gonçalves entre janeiro e dezembro do ano passado em Bento Gonçalves, na comparação com o mesmo período de 2017. Os dados estatísticos da criminalidade foram divulgados na quinta-feira, 3 de janeiro, pelo 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (Bpat), apontando o aumento de 52,94% nos homicídios e redução de 47,9% nas ocorrências de roubo a pedestres. No entanto, a queda em sete dos oito tipos de crimes elencados, segue a tendência apresentada nos indicativos da segurança do Rio Grande do Sul dos últimos meses.

Conforme os dados apresentados à imprensa pelo sub-comandante major Álvaro Martinelli e o capitão Diego Caetano, as ocorrências de roubo a veículo diminuíram 27,54%, enquanto ocorrências em estabelecimentos comerciais caíram 3,03%. O número de casos em coletivos ou táxis decresceu 7,14%. Os indicadores apontam ainda que roubos a residências tiveram queda de 47,59%, o equivalente a 138 casos a menos em comparação aos 12 meses de 2017. Crimes em residências apontaram redução de 26,32%. Furtos, arrombamento de veículos indicaram queda de 27,54% e 39,94%, respectivamente.

De acordo o capitão Caetano, os dados do ano passado refletem ao trabalho realizado pela corporação. Ele salienta ainda que os números seguem uma queda nos últimos anos. “A redução dos indicadores criminais em Bento Gonçalves é um processo que já tem sido observado. Vimos ocorrer em 2016, 2017 e agora em 2018. Em cada ano, um indicador específico se sobressai tanto positivamente quanto negativamente, provocando tomadas de ações”, explica. Ainda, segundo Caetano, estratégias previamente elaboradas foram essenciais para os resultados obtidos. “Em 2018, o ponto negativo foram os homicídios, embora tenhamos obtido redução de todos os outros indicadores. Para isso, a Brigada Militar utiliza métodos de análises e soluções de problemas, conduzidos pelo programa Avante, através dos quais os recursos são utilizados de forma estratégica, aliados a serviços de prevenção policial e inteligência policial, bem como a operações de repressões qualificadas, principalmente no combate ao tráfico de drogas, que culminaram na prisão de muitos traficantes e apreensão de grande quantidade de drogas”, observa.

Aumento de apreensões e prisões

Além das quedas nas ocorrências, a Brigada Militar apontou aumento nas prisões, apreensões de armas e entorpecentes ao longo do ano passado. Conforme os dados, enquanto em 2017 foram 136 prisões, no ano passado o número chegou a 173, um aumento de 27,21%. A apreensão de drogas, como cocaína, crack, maconha e drogas sintéticas também foi destaque com o crescimento de mais de 500%, em relação ao ano passado. O Bpat apontou também elevação na questão do armamento apreendido nos doze meses do ano. Em 2017 foram 61, enquanto em 2018, o número chegou a 119, uma elevação de 95,08%. Caetano destaca ainda os tipos de armamento recuperado, que englobam revólveres, pistolas, espingardas, fuzis e metralhadoras. Segundo ele, o material foi tirado das mãos de criminosos. “A maioria absoluta foi encontrada nas mãos de pessoas envolvidas diretamente com crimes e organizados em associações criminosas, as quais, inclusive, são responsáveis pela também absoluta maioria dos homicídios ocorridos nesse ano”, revela.

Ações preventivas

Ainda, de acordo com os números apresentados, ao longo de 2018, a corporação efetuou diversos trabalhos voltados à prevenção. Destaque para o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), realizado em 11 escolas das redes pública e privada de Bento Gonçalves. No total, 300 estudantes foram formados pelo trabalho na Capital do Vinho. Em toda a região de abrangência do Bpat foram mais de 800 alunos beneficiados.