A fim de conhecer mais sobre a origem das igrejas dos bairros do município, entender o crescimento da religiosidade, a devoção e fé dos munícipes, bem como algumas curiosidades sobre os locais frequentados pelos católicos, o Semanário inicia uma série de reportagens. Durante os 125 anos do município, diversas doutrinas foram criadas pela cidade, porém, a mais antiga delas, a católica, iniciou bem antes de Bento ser emancipado. A cada semana, a história de uma igreja, com relatos, depoimentos e entrevistas, será contada.

Com a proximidade das comemorações ao padroeiro do município, o início do roteiro será pelo Santuário Santo Antônio, localizado no Centro da cidade. Segundo dados da paróquia, em 1875 chegaram os primeiros imigrantes italianos, um ano depois, mais precisamente em 30 de setembro de 1876, o padre Bartholomeu Ticcher celebrou a primeira missa, junto à “cruzinha” (em frente ao atual Santuário).

Uma das principais curiosidades é que a festa do padroeiro do município é mais antiga que Bento Gonçalves. Em 1878, foi celebrada a primeira delas e a criação da paróquia surgiu depois de seis anos. Após isso, algumas pequenas reformas e ampliações foram realizadas e em 1934, um decreto elevou a igreja Matriz para Santuário Diocesano.

De acordo com o padre Marciano Petrykovski, um santuário é sempre um local privilegiado, pois é quando o povo venera um santo e assim glorifica a Deus, pedindo-lhe graças. “A história é um testamento claro da consciência de fé de um povo que crê. Não basta um decreto para fazer um destes locais, é preciso que o povo reconheça, com sua presença e orações”, lembra.

Em 2014, houve o término das obras de restauro. Dentre as mudanças, destacam-se a substituição do telhado, a mudança da iluminação interna e externa, o novo sistema de sonorização, restauro dos vitrais, a implantação da impermeabilização, além da reconstituição total do seu interior. Segundo Petrykovski, durante o período algumas descobertas foram realizadas. “Durante o restauro, foram encontradas a pintura de Nossa Senhora, no alto, e nos altares laterais a descoberta de que eles não eram de mármore, mas sim pintados”, destaca. 

Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário deste sábado, 4 de junho.