Viticultores de Bento Gonçalves estão preocupados com a safra da uva deste ano. A vindima, período de colheita da fruta, já iniciou e os produtores ainda não encontraram safristas suficientes para ajudar nos parreirais. Além disso, outro problema que eles enfrentam é a falta de mão de obra capacitada para a função.

A falta de safristas é preocupante, pois quando a uva está madura, precisa ser colhida em poucos dias, para que não apodreça na parreira. A reclamação dos produtores se repete, conforme afirma o presidente do Sindicato Rural da Serra Gaúcha, Elson Schneider. “O que nós do sindicato procuramos fazer é um trabalho para assessorar esses produtores, para que realizem contratos formais, evitando assim os imprevistos”, diz ele.

O problema começou há anos, segundo Schneider, com a elevação da oferta de emprego nos grandes centros. “O cenário que vivemos hoje era muito diferente daquele de 15 anos atrás. Bento Gonçalves se tornou uma cidade industrial e há uma grande redução de jovens no campo, também pela tecnologia que temos hoje”, comenta.
De acordo com o presidente, isso obriga os produtores a buscarem mão de obra em outros estados. A maioria dos safristas vem de regiões como Alto Uruguai, Santa Catarina e Paraná. Hoje, um safrista recebe entre R$ 90 a R$ 120 por dia, além de ganhar o valor das passagens, hospedagem e alimentação.

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