O sistema de criptografia utilizado pelo WhatsApp, que supostamente serviria para aumentar a segurança do aplicativo para impedir a ação de hackers, apresentou falhas nas conversas em grupo, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 10, na revista Wired. Pesquisadores da Universidade Ruhr, na Alemanha, detectaram o problema.

Falhas no sistema de segurança do WhatsApp, utilizado há dois anos, foram detectadas por pesquisadores alemãos, conforme pesquisa divulgada pela revista Wired, dos Estados Unidos, nessa quarta-feira, 10. O grupo da Universidade Ruhr, na Alemanha, descobriu que conversas em grupo poderiam ser visualizadas por pessoas fora através dos links encurtados (que possibilitam que convidados localizem o grupo para ingressar nele).

Embora, na conversa, fosse notificada a entrada de um novo membro – mesmo sem autorização do administrador -, este teria o controle de apagar e mudar a ordem das mensagens, conseguindo disfarçar. Além disso, o usuário infiltrado também conseguiria controlar a entrega das mensagens aos participantes, podendo ocultá-las para determinadas pessoas.

De acordo com o estudo, a falha ocorre porque o administrador não precisa fazer a autenticação dos novos membros, pois os usuários mal-intencionados poderiam ingressar no grupo a partir dos servidores do próprio WhatsApp.

Em resposta à pesquisa, a WhatsApp Inc. divulgou uma nota oficial, na qual explicou que a falha é real. No entanto, ela pode ser detectada na hora por qualquer pessoa do grupo, negando que o usuário consegue controlar as mensagens, conforme aponta o estudo.