O ex-presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas de Garibaldi no ano de 1995, Fabriciano Spitzmacher Alves, 49 anos, foi assassinado na noite de quinta-feira, 22, em Gravataí. De acordo com a Delegacia de Homicídios, ele foi alvejado com tiros de pistola 9mm. Agora, a Delegacia da cidade trabalha para desvendar a motivação e a identificação dos atiradores.

Segundo a Polícia Civil, Alves dizia ser um advogado, porém, a seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também afirma que ele não tinha registros na entidade. O assassinato ocorreu na rua Lauro Muller, no bairro Monte Belo, na altura da parada 69. Ainda, conforme a DP, Alves já havia sido ouvido recentemente em um inquérito sobre a morte de um amigo dele na cidade, no final de 2017. O delegado Felipe Borba relata que no dia em que foi ouvido ele admitiu que não possuía registro profissional e que trabalhava somente com assistência jurídica. Inclusive, ele já possuía antecedentes criminais por falsa identidade, estelionato e exercício irregular da profissão. Também consta na ficha dele passagens por ameaça, lesão corporal e porte ilegal de arma de fogo.

Conforme testemunhas, Alves chegou em um estabelecimento comercial para negociar um veículo com um comprador. Foi no momento da negociação que um homem, em uma moto, chegou no local. Ainda segundo moradores, ele chamou Fabriciano pelo nome. Neste momento, ele tentou voltar ao seu veículo, mas foi alvo dos tiros. Ele foi atingido por nove disparos de pistola 9mm, nas regiões da cabeça e tórax. A polícia não descarta a possibilidade de Alves ter sido morto por algum cliente que tenha contratado os serviços do falso advogado, mas prefere aguardar a oitiva de testemunhas.

A polícia encontrou na cintura da vítima uma arma. Em um primeiro momento, policiais não acreditam que o crime tenha relação com traficantes de drogas. Seu corpo está sendo velado em Santa Maria, onde nesta sexta-feira, 23, será sepultado.