A compra de um carro requer tempo, pesquisa de preços e muitas visitas às concessionárias. Contudo, na hora da compra, sempre surge a dúvida: será que agora é um bom momento para comprar? Os preços devem baixar? As respostas dificilmente são encontradas e, na maioria das vezes, o fato não interfere na hora de assinar os contratos. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) a comercialização de veículos ficou estável nos últimos meses, com gradativas oscilações.

A Fenabre aponta que a queda de julho para agosto foi em torno de 7% nas concessionárias, enquanto que desde o início do ano, não tem chegado aos 10%. A diminuição mais significativa foi com relação a agosto do ano passado, representando mais de 17% de diferença para menos nas vendas. As quedas sucedem o ano de 2013, que teve índices altíssimos de vendas. A marca mais procurada, segundo a entidade, é a Fiat, que ocupa a posição há 13 anos.

O economista Jacir Tasca explica que os profissionais da área utilizam o setor automobilístico e a construção civil como parâmetros. Com os índices da construção sabe-se o aumento real da renda, enquanto os índices de vendas de automóveis apontam informações sobre a sobra destas rendas, destinadas a conforto e comodidade. “O aumento das vendas verificado em 2013 de carros novos foi precedido de um acréscimo nas vendas de imóveis e, quando essas tiveram um pequeno declínio, passou-se a ter um aumento do número de veículos vendidos. Mas, lembremo-nos de que nos últimos anos, os correntistas vêm sendo assediados pelos bancos que lhes oferecem a possibilidade de antecipar o sonho a juros módicos. Dessa maneira uma boa parcela das vendas não foi feita com a sobra da renda, mas com o auxílio do banco, em um financiamento”, explica.

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