Reuniões entre direção e professores acontecem em cada instituição e visa discutir sobre um novo modelo curricular

Um bate-papo de olho no futuro da educação, para apresentar carências, mas principalmente qualidades e novidades no ensino para as escolas estaduais. Esta é a orientação por parte da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, para que as escolas promovam nesta quinta-feira, 15, mais uma edição do Dia D, uma roda de conversas entre os educadores para falar do momento atual e perspectivas do ensino.

De acordo com a 16ª Coordenadoria Regional de Educação (16ª CRE), a data marca um debate acerca da estudos relacionados a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Sobre as reuniões, o órgão acredita que “este estudo auxiliará à elaboração de propostas e sugestões para garantir um currículo que contemple conhecimentos, habilidades e competência que todos os estudantes precisam desenvolver dentro de cada área de conhecimento”, ressaltou o coordenador da 16 CRE, Leonir Olimpio Razador.

De acordo com estimativas da Coordenadoria Regional de Educação no município, as 20 escolas e os dois núcleos de educação devem interromper o expediente para tratar do tema. Segundo a 16ª CRE, não foi exigido que as escolas liberem os alunos das atividades, ficando a critério de cada instituição o horário a ser definido para o encontro entre os educadores.

Uma das instituições que vai integrar ao Dia D é a Escola Mestre Santa Bárbara. Conforme a diretora da entidade, Magarida Mendes Porto, cerca de 60 professores que atuam na unidade vão participar do encontro. Margarida ainda relata que além dos profissionais, os “alunos serão incorporados nesse debate, com a participação em sala de aula, assistindo a filmes e suscitando questionamentos”, revela.
Na escola, os alunos do turno da manhã serão liberados antes do horário normal. A saída está prevista para às 11h. Nos demais turnos, tarde e noite, não haverão alterações, sendo os bate-papos entre os intervalos de turno.

Questionada sobre o pensar da educação, a diretora destaca que “sempre é importante haver essas pausas para o debate”. Ela complementa, “isso favorece o questionamento. Nós (educadoras) estamos sempre pautadas por melhorias. É um tema que está no nosso dia a dia, sobretudo quinta, de maneira mais aprofundada”, afirma Margarida.

Sobre o atual momento da educação e as perspectivas para o ensino, a educadora é enfática. “Hoje vivemos uma crise educacional, o ensino está precário. As escolas, as profissionais lidam com carências muito grandes”. observa Margarida Porto.

Quanto às principais dificultadores do ensino de qualidade, a professora aponta a falta de estrutura, falta de espaço físico, carência no quadro de funcionários- de algumas escolas-, e atrasos em recursos por parte do Estado. Ainda segundo Margarida, os desafios da educação “no futuro” passam por investimentos e adaptações, por parte de profissionais, instituições no uso de adventos tecnológicos.

Segundo ela, “é impossível não pensar na educação sem tecnologia, mas é preciso investimento, condições para que professores e alunos desenvolvam um processo continuado”, analisa.
Por fim, Margarida conclui, “educação se apoia nos pilares da família, Estado e escola”.