Após empresa não cumprir contrato de licitação em 2016, colégio ainda depende de repasse para arrumar o local

A construção de um piso na Escola Mestre Santa Bárbara já se arrasta por quase três anos. A 16ª Coordenadoria Regional de Educação (16ª CRE) informa que a demanda foi repassada para a Coordenadoria Regional de Obras (CRO) e deve ser encaixada no orçamento.
A previsão inicial era de que a obra fosse concluída no início de 2016, contudo, a empresa que venceu a licitação não cumpriu o contrato. Em agosto de 2017, a 16ª CRE havia informado o Semanário de que um novo processo licitatório seria aberto ainda no ano passado, mas a promessa não se concretizou.
De acordo com informações da órgão estadual, hoje são 30 escolas em obras na região. A 16ª CRE ainda justifica que o colégio em questão optou por fazer a reforma das instalações elétricas, e não do piso.
Segundo a coordenadora-adjunta da 16ª CRE, Margarete Bottega Tomasini, a perspectiva é de que seja aproveitado um recurso sobrado, de financiamento de pequenas reformas. “A gente ja passou para o setor de obras, estamos otimizando esse recurso, e tem outras que já foram feitas sem ajuda do governo”, ressalta. Ela comenta que as verbas são repassadas conforme as escolas precisam. A construção do piso foi orçada em R$ 24 mil.
Ainda segundo Margarete, a escola cogitou fazer com dinheiro próprio. “Temos que ver como fica a questão da empresa, porque isso ainda atrapalha bastante”, afirma.

Posição da escola

Segundo informações da escola Mestre Santa Bárbara, a licitação está para ser aberta novamente. O colégio ainda informa que o Círculo de Pais e Mestres (CPM) cogitou fazer a obra com a própria verba, logo que o atraso começou a acontecer, mas há outras melhorias necessárias que devem ser feitas e que só podem ser executados depois do piso.
Além disso, a instituição precisou mexer na obra, na medida que a forma como a empresa deixou representava um risco para os alunos. Foram instalados tapumes para impedir a circulação dos estudantes.

Há um ano

O Semanário noticiou o problema em agosto de 2017, quando a então diretora da escola, Angelita Sutili, lamentou os rumos que a situação tomou. O colégio chegou a fazer outro orçamento, por conta, e a obra ficou no valor de R$ 10 mil. “Contatei o governo e pedi se não seria possível repassarem o faltante diretamente para a gente. No entanto, informaram que isso não seria possível, devido aos trâmites legais”, afirma.
Os alunos da escola fizeram um abaixo-assinado e enviaram ao governo e a escola também buscou auxílio do Ministério Público (MP), mas nada resolveu o problema. “Nós já fizemos de tudo”, ressalta.