Vem do setor moveleiro uma notícia importante em tempos de recessão econômica. Os estudos apontam que, apesar da retração de consumo, o volume de vendas deve crescer em torno de 3% neste ano. Este dado mostra que nem tudo foi tempestade para as indústrias de Bento Gonçalves. O problema é saber até quando conseguiremos resistir à crise que se assola em boa parte do país?

Para 2015, a palavra mais citada pelos economistas é a aposta na inovação e criatividade para driblar a recessão, que deve apertar ainda mais o cinto das empresas no ano que vem. Quem não inovar, não vai crescer e terá que realizar demissões e acumular prejuízos. Quem conseguir apresentar novas alternativas ao mercado vai crescer pouco, mas vai conseguir manter uma estabilidade.

De acordo com os estudos do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), o ano que vem será difícil, mas deve haver crescimento em todos os aspectos, desde a produção, a venda no varejo e o setor como um todo. Mas, também, vai ser preciso ousadia para se manter a frente no mercado. Deixar de fazer mais do mesmo e partir para a criação de novos conceitos. O estudo do IEMI mostra que o problema não é o preço, mas sim a exclusividade do produto apresentado. Quanto mais única a peça, mais valiosa ela se torna, fazendo com que o consumidor não leve em conta o preço para adquirir ou não o produto.

Para que se tenha um crescimento sólido após a passagem da crise, é necessário investimento nos momentos de recessão. Por isso, 2015 será o ano dos ousados. Aqueles que aumentam suas publicidades e insistem em mostrar que sua empresa ou indústria continua forte e não foi abalada pelo período conturbado da economia brasileira.
Os economistas de vanguarda pregam que as expressões “cortar custos” e “redução de despesas” não estão mais na moda quando a economia nacional está fragilizada. Os especialistas acreditam que ações conservadoras deixam as empresas mais estagnadas e evitam que elas cresçam, mesmo que timidamente. O investimento em tecnologia avançada para melhorar o acabamento dos produtos e agilizar a produtividade são algumas das alternativas para que a estagnação econômica seja superada de forma mais rápida e segura.

Crise econômica se supera, também, com criatividade e ousadia, coisas que os empreendedores bento-gonçalvenses já mostraram que têm de sobra. Basta potencializar este talento e esta habilidade de reverter situações adversas para colher bons frutos no futuro.