É elogiável o golpe aplicado pela Polícia Civil contra o narcotráfico em Bento Gonçalves. Os agentes tiraram de circulação uma quadrilha que movimentava por mês R$ 300 mil, um montante considerável. Valor que a maioria das pessoas de bem leva anos para ganhar com trabalho honesto. Apesar das históricas limitações por falta de agentes e equipamentos, a corporação demonstra sua força e sua capacidade frente aos criminosos.

A comunidade deve aplaudir essa operação policial e se conscientizar que também pode fazer a sua parte para que novas batalhas sejam vencidas contra o narcotráfico. A denúncia sobre pontos de venda de drogas é uma arma que o cidadão tem para colaborar com a Polícia Civil, a Brigada Militar e a Polícia Federal no combate a traficantes que destroem famílias.

Sabe-se que o narcotráfico é crescente, já que novas substâncias ilícitas surgem e, por consequência, aparecem novos e mais usuários. Por isso, não apenas as autoridades de segurança pública, mas as de outros segmentos precisam fazer a sua parte. Projetos educativos devem trabalhar a prevenção, evitando que jovens tenham interesse ou acesso às drogas.

Em casa, os pais têm de redobrar a educação, ocupando seus filhos com atividades saudáveis, como esporte e lazer. Por outro lado, o poder público tem a responsabilidade de criar e implantar programas de saúde para tratamento de drogados.

Se o crime organizado mostra-se forte na manutenção do narcotráfico, a sociedade precisa agir unida, mostrando que pode ter mais força e capacidade de reação. A guerra é árdua e difícil de ser vencida. Mas ganhando batalhas, como essa da Polícia Civil em Bento Gonçalves, o problema pode ser minimizado.

Nessa união é importante a colaboração entre as autoridades policiais. Uma maior troca de informações entre as polícias Civil, Federal, a Brigada Militar e guardas municipais certamente resultaria em mais apreensões de drogas e mais criminosos presos.
O fim da impunidade é outro braço a ser somado nesse exército. Com leis mais rígidas e um sistema carcerário amplo, o comércio de drogas certamente seria menos atraente aos desocupados e aos marginais. A sociedade veria menos criminosos ganhando a liberdade pouco tempo após serem capturados e detidos em prisões.

A tarefa é árdua, mas necessária. Exemplos como esse da Polícia Civil precisam ser amplamente mostrados. Em momentos como esse a comunidade deve refletir sobre o papel de cada um frente ao narcotráfico e a outros crimes. Não se pode desistir. Com inteligência das autoridades e colaboração de todos é possível reagir.