O Rio Grande do Sul registrou, em 2015, 1.531 acidentes e 1.735 vítimas fatais no trânsito, o menor número dos últimos oito anos. A redução histórica da acidentalidade foi maior entre veículos de duas rodas. Caronas de moto, ciclistas e motociclistas registraram um percentual de redução maior entre as vítimas do que condutores de veículos e pedestres. Somente os passageiros tiveram aumento em relação a 2014. A análise partiu do Diagnóstico da Acidentalidade 2015, publicado nesta segunda-feira, 29 de fevereiro,pelo Departamento Estadual de Trânsito (DetranRS).

O número de pessoas que morreram na condição de carona de moto caiu 39% em 2015, enquanto o número de vítimas entre ciclistas teve redução de 28%, e entre motociclistas, de 20%. A redução foi de 15% para condutores de veículos e 9% para pedestres. Entre os passageiros mortos em acidentes houve aumento de 3%.

Foram 64 caronas de moto, 126 ciclistas e 496 motociclistas mortos em 2014. Em 2015 foram 39, 91 e 395, respectivamente. O número de condutores entre as vítimas fatais de acidentes de trânsito passou de 592 para 503 e o de pedestres de 407 para 370. Morreram, ainda, 316 passageiros de veículos de quatro rodas em 2014 e 327 em 2015. O número de registros de carroceiros mortos passou de sete para cinco.

Redução histórica

O estado registrou, em 2015, uma redução histórica nos índices da acidentalidade: foram 16% menos acidentes e 14% menos mortes no trânsito em relação ao ano anterior. O número de acidentes e mortes é o menor desde 2007, quando o DetranRS começou a utilizar a metodologia internacional de estatísticas de acidentes de trânsito, que contabiliza as mortes até 30 dias após o acidente (por isso não podem ser comparados a dados anteriores).

Nos demais itens analisados, há uma linearidade com o ano anterior e com o padrão histórico. Os acidentes acontecem mais à noite (35%), nos finais de semana (38%) e cerca de 60% das ocorrências são em rodovias. Quase metade dos acidentes são colisões e outros 23% atropelamentos.

Com relação às vítimas, o RS mantém a proporção histórica: quase 80% homens e com uma curva ascendente de participação a partir dos 18 anos, que decresce suavemente a partir dos 30 e atinge um pico novamente aos 65. Em comparação com 2014, a faixa etária dos 15 aos 17 se destaca e pede mais atenção: sofreu variação de 23%, passando de 60 para 74 mortes em 2015.

 

Fonte: Detrans/RS