Os mais de 2,5 milhões de envelopes que levam os documentos de veículos para seus proprietários e os de habilitação para os condutores estão disseminando a orientação de como comprar peças usadas com procedência garantida e colaborar na luta contra o furto e roubo de veículos. A ideia é conscientizar a população de que a compra de peças usadas de veículos em ferros-velhos que desmancham carros roubados estimula cada vez mais os roubos, que muitas vezes incluem violência contra motorista e passageiros.

Esse círculo vicioso foi rompido pelo Governo do Estado através do Detran/RS com a criação dos Centros de Desmanche de Veículos. Os CDVs, que já são mais de 200 em todo o Rio Grande do Sul, são empresas credenciadas pelo Detran/RS seguindo diversas normas rígidas quanto à procedência do veículo desmanchado e a segurança da peça, para que ela possa ser reutilizada sem problemas.

Para o Diretor-Geral do Detran/RS, Ildo Szinvelski, a população tem muito poder em suas mãos: “Sabendo que pode, com toda tranquilidade, acessar de casa a informação de onde comprar peças revisadas por engenheiros e de origem comprovada, não há porque arriscar-se comprando peças de procedência duvidosa. Se o ladrão de veículos não tiver mais para quem vender o produto de seu roubo, certamente esses crimes vão diminuir em muito. É a população exercendo a cidadania”.

Nos CDVs, todas as peças recebem etiqueta com código de barras para sua identificação e são lançadas no sistema informatizado do Detran/RS, podendo ser localizadas pelo cidadão através do site. As peças podem ser compradas no CDV pelo proprietário do veículo ou qualquer outra pessoa. Por isso, é importante exigir da oficina mecânica, quando ela for a compradora da peça, a Nota Fiscal Eletrônica. “Com essa garantia, o cidadão evitará atuar como receptador de objeto roubado”, conclui Szinvelski.

Informações do Detran/RS.