Presidente do Sindilojas Regional Bento avalia o ano de 2018 e projeta
as ações que serão desenvolvidas ao longo de 2019

Aprimorar o quadro social, desenvolver e manter projetos que aprimorem e qualifiquem os lojistas. Estas são algumas das intenções do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Bento Gonçalves para este e os próximos anos. Com quase 45 anos de história, a entidade é conduzida atualmente pelo empresário Daniel Amadio, que foi reconduzido ao cargo para mais quatro anos.

Amadio é enfático ao falar do ano que encerrou, pois, apesar de ter sido um período de dificuldades, principalmente no que tange a reforma trabalhista, o trabalho desenvolvido foi primordial para o crescimento da entidade, disponibilizando diferentes produtos e serviços aos associados e usando a criatividade para manter o sindicato. “Os antecessores que aqui passaram tinham sempre a preocupação de não ficar exclusivamente dependente das contribuições compulsórias, então, com isso, foi criada uma gama de produtos e serviços para dar suporte e estrutura ao associado e deixar ele focado em seu negócio. Queremos nos aproximar cada vez mais dos lojistas”, avalia. Ele salienta que entre as opções ofertadas aos associados estão as linhas de telefonia móvel – com mais de duas mil administradas -, o SCPC Boa Vista, além de outros produtos. Outro ponto positivo abordado pelo gestor é que a entidade atingiu a marca de 700 associados ativos no ano de 2018. “São aqueles que estão em dia com o Sindilojas”, indica.

Outro ponto de destaque foi a convenção coletiva, que demorou nove meses para ser findada. Após diversas tratativas, os sindicatos chegaram a um consenso, o que beneficiou tanto os empresários quanto os empregados. Entre as conquistas obtidas estão a abertura dos empreendimentos na rota turística em cinco feriados proibitivos e das lojas na quarta-feira de cinzas, pós-carnaval. “A data, em Bento Gonçalves, não é considerado feriado municipal, e aqui tínhamos que fechar as lojas na segunda e terça e até o ano passado na quarta de manhã. Muitas vezes circulam turistas pela cidade, ou até mesmo munícipes aproveitando seu feriado e/ou folga e o comércio estava com as portas fechadas. O que temos que ter claro é que não é proibido abrir a loja, mas, sim, não podemos usar a mão de obra dos empregados. Quem pode trabalhar são os proprietários, abrindo normalmente o estabelecimento. Assim tivemos esta conquista que era uma demanda reprimida. Foram vários detalhes que conquistamos e estamos muito felizes com o resultado”, avalia.
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Segundo ele, principalmente a questão da reforma trabalhista, que foi uma modernização da relação capital/trabalho, impactou muito na negociação. “O que mais dificultou foi a construção da contribuição sindical com segurança jurídica, que definimos como binômio. Assim, a contribuição poderá ser descontada do empregado com tranquilidade para o empresário não ser penalizado em caso de uma apuração de responsabilidade, pois havia uma preocupação com o nosso representado, já que é ele quem desconta da folha de pagamento, ou seja, ele é o agente arrecadador e repassador. A reforma trabalhista também trouxe o direito de oposição, ou seja, se o colaborador não quiser pagar, manifesta e solicita dentro dos prazos negociados. Todo esse trabalho sempre acompanhando as negociações do setor terciário do Rio Grande do Sul através da Fecomércio-RS, potencializa os movimentos regionais”, esclarece.