A moenda de cana de açúcar ou “tórcio” consistia um longo tronco de árvore, vergado numa extremidade, movimentado com a força de animais (bois ou muares) para dodar os cilindros centrais, que esmagam a cana de açúcar, extraindo o caldo.

O queijo colonial era feito manualmente, prensado através da prensa de madeira.

A “mêscola” e a “caldrola” eram instrumentos necessários para iniciar a fazer a primeira refeição “a polenta”. Fervia a água, a técnica mais difícil era deitar a farinha, deixando-a escorrer entre os dedos e mexer simultâneamente a água e a farinha para misturá-las. Depois de bem cozida e evaporada a água, a polenta é espalhada em um tabuleiro, chamado “panaro” ou “taier”. Bela polenta é aquela que fica bem consistente e cozida, sem torrões de farinha, chamado “gnochi”. A dona de casa imigrante admirava a arte de uma polenta bem feita: “Una polentinaco’l tócio l’é una grazia del Signore”. (Uma polentinha com molho é uma graça de Deus).

Os utensílios domésticos para as atividades menos constantes, como panelão para banha, tacho para marmelada e outras frutas, centrífuga manual para apicultura, nem todas as famílias os possuíam. Assim as famílias de menos posses pediam emprestado tais utensílios e, por ocasião da devolução costumavam gratificar o dono de acordo com o utensílio emprestado, com banha, torresmo, marmelada, figada, uvada e mel, entre outros.

O forno colonial do pão era o maior problema que enfrentaram os construtores de fornos na conservação e distribuição homogênea do calor. Por isso, há fornos antiquíssimos que são alvo de todo cuidado. Geralmente os fornos eram de tijolos, rejuntados com barro e com base de madeira de lei.

A taipa é a construção de cerca para animais. As pedras abundantes em suas glebas de terra levou o imigrante a construir taipas ou trincheiras de pedras irregulares.