Samanta Pierozan ficou em terceiro em ultramaratona de 70 quilômetros em Machu Picchu


Enfrentar condições adversas de clima e de solo em uma ultramaratona realizada na região montanhosa do Peru foi um dos desafios da corredora bento-gonçalvense Samanta Pierozan. Ela ficou com o terceiro melhor tempo entre as mulheres que corriam na prova dos 70 quilômetros do Ultra Machu Picchu Trail e que finalizaram a prova no sábado, 31 de março.

Integrante do grupo Bento Trail Runners (BTR), que reúne corredores locais para compartilhar experiências e treinamentos, Samanta finalizou os cerca de 70 Km de disputa em 17h30min. De acordo com a participante – que é corredora amadora, ou seja, não recebe apoio para as competições -, a dificuldade da prova fez com que o tempo fosse ligeiramente maior que o que havia previsto. “Minha pretensão até era de fazer todo o percurso em um tempo menor, mas as condições gerais não eram ideais. Foi um grande desafio por conta do nível de dificuldade”, explica.

Ela e as outras participantes precisaram atravessar trilhas, contornar montanhas e atravessar matas fechadas. No momento da largada, inclusive, houve a ocorrência de chuvas torrenciais que aumentaram o poder de dificuldade da competição.

Mais problemas

Além da dificuldade do terreno em decorrência da vegetação, os participantes precisaram encarar problemas com a temperatura. Ao longo da ultramaratona em Machu Picchu, Samanta afirmou ter sofrido com a variação entre o frio e o calor em um relativo curto espaço de tempo.

O maior desgaste, entretanto, surgiu em decorrência da altitude. “Eu estou acostumada a participar de  provas de longas distância e trilhas em montanhas, a Região da Serra Gaúcha nos oferece isso. Porém, o que eu encontrei lá, foi bem diferente e me garantiu um grande desafio”, analisou a participante de Bento Gonçalves.

Durante o percurso, os corredores enfrentaram altitude de 4,8 mil metros. Por isso, além da dificuldade no quesito muscular, o cansaço físico é maior devido a menor concentração de oxigênio em locais de grande elevação.

Para Samanta, a oportunidade de ter um bom resultado em uma prova difícil foi ainda mais gratificante pela experiência de descobrir o Peru e a rica cultura do país sul-americano. “Eu tive a chance de aliar o prazer da prática esportiva e de conhecer uma nova cultura. Sempre tive o interesse de ir ao país e conhecê-lo melhor”, comemorou.