A prisão preventiva de Maurício Dal Agnol na tarde de segunda-feira, 22 de setembro, em Passo Fundo trouxe para os holofotes novamente a Operação Carmelina, que investiga o advogado acusado de trair a confiança de clientes e ficar com a maior parte de R$ 300 milhões obtidos em causas contra a Brasil Telecom (BrT). Co-réu na ação, o contador Vilson Bellé vendeu a maioria de seus imóveis em Bento Gonçalves desde que foi detido pela Polícia Federal, em fevereiro deste ano.

Conforme a denúncia do Ministério Público Federal de Passo Fundo, Bellé é acusado de formação de quadrilha e falsificação de documentos. Os promotores Álváro Poglia, Marcelo Pires e Paulo Cirne descrevem o contador como a pessoa que captava clientela para o esquema montado por Dal Agnol.

Em coletiva de imprensa em Passo Fundo, o delegado da Polícia Federal, Mauro Vinícius de Moraes, citou que havia um condomínio de luxo em Bento Gonçalves que seria de propriedade de Bellé, imóvel que o Ministério Público estaria exigindo a inclusão no bloqueio de bens. Porém, a matrícula que consta no inquérito é de um terreno de 45.577,73m², com mata nativa, próximo ao km 218 da RSC-470 .

Outra imprecisão nas informações da Polícia Federal é que o terreno já não está mais em nome de Vilson Bellé, pois em 11 de abril deste ano foi registrada a venda por R$ 120 mil para a Terracom Empreendimentos Imobiliários Ltda, empresa com dois sócios que moram em Caxias do Sul. No mesmo dia, 50% do terreno foi hipotecado, em uma dívida de R$ 60 mil para Edgar Antônio Bazzo.

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