CONSUMMATUM EST!
Bem, o que até os urubus que passeiam pelo centro de Bento Gonçalves sabiam, desde que Lula foi preso, aconteceu: Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República. Há quem afirme que não lhe foi dado “cheque em branco”, já que os votos que angariou não expressam a maioria dos eleitores. Mas, isso é de qualquer regime tido como democrático. Os votos válidos lhe conferiram a superioridade necessária, prevista em lei. Então, o que por muito tempo prevaleceu, lembrando as palavras de Cristo, “consummatum est” (“tudo está consumado”, ao expirar na cruz), deveria prevalecer, como sempre foi desde que votei pela primeira vez. Entretanto, constata-se, desde 2014 com mais ênfase, que não será bem assim. O País está dividido.

SÓ DIVIDIDO?
Não, não só dividido. A intolerância, o ódio, a falta de bom senso, intensificou na campanha de 2014, se estendeu por esse tempo e recrudesceu – certamente pelas redes sociais -, ultrapassando todos os limites do tolerável. Os situacionistas de então serão os opositores de agora. Não é só uma “divisão”, não é só “nós contra eles”. Confrontos já aconteceram e promessas de “resistência” (sem explicitar “resistência a o quê, mesmo?”). As autoridades brasileiras deverão estar alertas para impedir a proliferação desse estado de coisas. E é de parte a parte, certamente.

O QUE ESPERAR?
Essa é uma resposta de muitas alternativas e muitos já expressaram sua opinião. A minha opinião é simples: O que podemos esperar deriva-se de como Bolsonaro conduzirá A POLÍTICA PARTIDÁRIA e como os “donos do Brasil” (Banqueiros, empreiteiros, usineiros, ruralistas, grandes empresários e a grande mídia comprometida financeiramente com esses “donos”) aceitarão ou permitirão as ações do seu governo. Seria ingenuidade crer que Bolsonaro, Jesus Cristo ou qualquer outro possa governar sem “pedir a benção” para eles, sabendo que as notórias lideranças políticas estão sob seu serviço. Pior, eles têm uma Constituição feita sob peso e medida para os “interésses” parlamentares serem preservados. O que eu espero é apenas que esses “interésses” não impliquem em sugar ainda mais o povo brasileiro, sob todos os aspectos, como até agora.

ALIANÇAS ACONTECERÃO
Obviamente, Bolsonaro sabe que não governará sem o apoio da maioria do Congresso Nacional, onde ele conseguiu, com seu partido, a segunda maior bancada, mas absolutamente insuficiente para aprovar o que julgar conveniente e necessário para o Brasil. Desta forma, vou rezar para que ele não cometa os erros crassos que fhc, Lula e Dilma cometeram: aliar-se ao que há de pior nos dois partidos que governam o Brasil desde 1964 – ARENA e MDB – e abrigam, dentro deles, verdadeiros mestres da corrupção, conforme a Lava Jato já demonstrou, processou, condenou e prendeu. E outros aliados desses governos, abrigados pelo PSDB, PTB, PDT, PPS, PSB, pppsejaoquefor também precisam ser contidos. Que Deus ilumine Bolsonaro nas suas escolhas e que os “donos do Brasil” se satisfaçam com menos do que até agora. Oremos, Irmãos!

A PRINCIPAL REFORMA
Não tenho dúvidas de que Jair Bolsonaro e qualquer outro brasileiro de bom senso sabe, há muito tempo, que é absolutamente necessária, vital, primordial se proceder uma REFORMA PREVIDENCIÁRIA. Mas, a começar pela previdência do funcionalismo público que drena os cofres públicos em patamares muitas vezes superiores aos da previdência dos mortais comuns. Há milhares de aposentadorias e pensões que são regadas de privilégios inaceitáveis e que precisam ser contidos. Mas, Bolsonaro conseguirá levar a efeito o que nenhum outro presidente conseguiu – ou quis? -? Contará com o apoio do Congresso Nacional? Sim, se os brasileiros EXIGIREM essa reforma, pressionando deputados e senadores, mostrando a eles que são apenas seus representantes. É esperar para ver.

O GRANDE CASSINO
Incrível a forma com que é conduzido o assunto “mercado” nesse País em que alguns, sem absoluto conhecimento, falam de “comunismo” ou “socialismo”. Um imenso cassino, ao qual chamam de “mercado”, deita e rola brincando de ganhar (principalmente) e perder dinheiro, toma o dinheiro dos incautos utilizando a Bolsa de Valores e do dólar. Milhões, bilhões saem do bolso de muitos para rechear a bolsa de poucos. A empresa tal “perdeu” valor de mercado; o dólar sobe e desce porque alguém falou alguma coisa ou acha que tal coisa vai acontecer. O sobe e desce não passa de brincadeira de riquinhos, tomando dinheiro de otários. Aos otários que embarcam nessa, às vezes, eles concedem algum ganho. É para mantê-los sob controle. Nada mais.

ÚLTIMAS

Primeira:
O governo do RS que aumentou o ICMS sobre gasolina, diesel e álcool, além de energia elétrica e telefonia, de 33,3% para 42,8%, obteve AUMENTO DA PAUTA dos combustíveis de R$ 4,88 para R$ 4,99 a partir do dia 1º;

Segunda:
Assim sendo, pouco importa se a gasolina vai baixar nas bombas. O governo do RS cobrará o ICMS sobre R$ 4,99;

Terceira:
Se o dólar caiu, pouco importa. Importante é cobrar o ICMS de 42,8%. Final, é pauta do PMDB (atual MDB) aumentar impostos, não?

Quarta:
Aliás, o novo eleito no Estado, Eduardo Leite, vai pedir prorrogação no aumento das alíquotas do ICMS por mais dois anos. Até o Imposto de Fronteira, que liquida micro e pequenas empresas, Senhor Leite?

Quinta:
Governador eleito do Rio de Janeiro fala em colocar ATIRADORES DE ELITE (os “snipers”) para combater o crime. Perfeito! Deveriam se colocados vários em cada cidade, com ordem para atirar na bandidagem armada;

Sexta:
O governador quer “tolerância zero” contra o crime, como o prefeito Rudolph Giuliani, que fez uma faxina na bandidagem em Nova Iorque. Todos os brasileiros querem, né?

Sétima:
Eleitos falam em reduzir ministérios e secretarias. Nenhum fala em reduzir o absurdo número de funcionários desnecessários nos executivos, legislativos e judiciários. Interessante isso!

Oitava:
Estacionamento rotativo, na Área Azul, poderá ser pago com cartão de débito ou crédito, por aplicativos e postos de venda. O controle será pela placa do veículo. Não seja multado. Informe-se e pague o uso da vaga;

Nona:
E o Grêmio foi eliminado da Libertadores por um time melhor. Erros de arbitragens? Sim, mas futebol é isso mesmo. Gremista está acostumado, não?