Lançada como uma resposta ao aumento da criminalidade em Bento Gonçalves, a Operação Retomada apresenta um resultado positivo na opinião da Brigada Militar e da comunidade. Além dos números de prisões e apreensões, o principal mérito da ação parece ser uma nova sensação de segurança nas ruas.
Se na primeira semana a operação iniciada com o reforço do efetivo do Pelotão de Operações Especiais (POE) conquistou resultados quantitativos, o ponto positivo da segunda semana foi o baixo número de ocorrências apresentado. O fenômeno é visto como um objetivo alcançado pelo comando da Brigada Militar (BM). “Conseguimos tirar de circulação dezenas de criminosos e diminuir as ocorrências de roubos e homicídios. É a resposta que a comunidade estava pedindo”, resumiu o major José Paulo Marinho, comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT).
Nas ruas, a população percebe esta intensa movimentação policial nas últimas semanas e exalta as prisões divulgadas na imprensa, porém demonstra uma preferência pelo estilo de trabalho do Policiamento Comunitário. “Não era comum ver policiais pelo bairro Glória e agora a gente vê passando as viaturas. Mas era preciso ter policiais a pé sabe, que fiquem mais tempo na rua, conheçam o bairro. Foi um avanço, mais ainda não é o ideal”, comenta Rômulo Arioli dos Santos, 17 anos, morador do Cidade Alta e que trabalha em um mercado no Glória.
A aposentada Rosa Maria Mazzoco, 59 anos, também exalta esta presença policial no bairro Cohab II. “As coisas melhoraram com a chegada, principalmente, do Policiamento Comunitário. Sinto-me mais segura como dona de casa. Esta presença nas ruas é boa para todos do meu bairro”, elogia.
Outro discurso constante dos moradores de bairros periféricos é serem sempre os mesmos delinquentes. “Todos sabem que estes problemas são causados sempre pelos mesmos, são aqueles usuários de drogas que vemos perambulando por aqui. E não adianta eles serem presos porque logo estão de volta”, relata um mecânico do bairro Ouro Verde que prefere não se identificar.
O major Marinho garante que a Operação Retomada seguirá em setembro. O comandante também ressalta a importância do apoio dos demais órgãos de segurança pública para que estes delinquentes presos permaneçam fora de circulação. “Não é possível manter esta operação para sempre, então é preciso que estes criminosos permaneçam fora de circulação”, afirma.
Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário deste sábado, 30 de agosto.