Junto com Leandro Karnal e Mario Sergio Cortella, Clóvis de Barros Filho faz parte da tríade pop de intelectuais brasileiros que traduziu conceitos filosóficos para serem absorvidos por uma enorme fatia da população. E ainda afinaram o entendimento de questões tão caras ao brasileiro como corrupção e ética.

São temas como esses que o professor livre-docente da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) traz a Bento Gonçalves, dia 19 de julho, com a palestra “A Vida que Vale a Pena ser Vivida”, na Fundaparque, às 19h30min. Mas há outros assuntos dentro desta conferência, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BG) e já vista por mais de 300 mil pessoas – e um deles é uma condição pela qual todos buscam: a felicidade. “A felicidade é a única razão digna de se viver. Se pararmos de buscar a felicidade, a vida perde todo o sabor”, adverte o palestrante.

Para deixar mais didática essa busca, o também escritor usa a expressão “vida boa”, já que a felicidade seria uma quimera, a razão última de viver. “Na vida vivida, nós vamos atrás de bons momentos e evitamos maus momentos. A vida boa é a versão de carne e osso da felicidade”, pondera. Os temas atuais que movem o Brasil também pautam muito dessas conversas de Barros Filho com a sociedade. Ética e relacionamentos, ainda mais em tempos de redes sociais, costumam ocupar momentos importantes dessa interação. Para ele, ética é pensar sobre a melhor forma de viver e conviver. “Ética não é uma posse, uma coisa que a gente tem mais ou menos. É atividade de pensamento, que deve ser ininterrupta”, ensina.

O também jornalista tem uma visão peculiar sobre os relacionamentos em tempos pós redes sociais. Para ele, apesar de as relações se transformarem com as redes, essa mudança deu-se por conta da própria interação das pessoas, e não por influência ou determinação dessas mídias. “As pessoas continuam sendo pessoas.  As redes facilitam e agilizam trocas, de mensagens, de espaços. Mas só podemos chegar até aí”, observa. As redes sociais protagonizam, ainda, um espaço que potencializa outros comportamentos humanos. O ódio e a intolerância disseminado contra minorias e o reducionismo de visões do tipo contra ou a favor a temas tão pertinentes quanto drogas, aborto ou política. “O maniqueísmo é muito mais fácil de entender e tranquilizador, porque mascara a complexidade do mundo. Além disso, o ódio e a negatividade se propagam muito mais facilmente que a tolerância e a cooperação”, opina Barros Filho.

Mas nem para todo assunto esse autor de mais de 15 livros gosta de dar uma resposta ou opinião. Às vezes, ele parece apenas provocar, como uma forma de despertar a consciência ou propor um novo jeito de encarar os dilemas da vida. E, por falar em vida, qual é a que vale a pena ser vivida? “Isso cabe a cada um descobrir”, desafia.

Os ingressos para a palestra de Clovis de Barro Filho já estão no segundo lote de vendas e podem ser adquiridos na CDL-BG, custando R$ 55,00 para associados e R$ 75,00 para não sócios da entidade. Outras informações podem ser obtidas pelo fone (54) 3455-0555.

 

SERVIÇO

O que: palestra A Vida que Vale a Pena ser Vivida, com Clóvis de Barros Filho

Quando: dia 19 de julho, às 19h30min

Onde: Fundaparque (Alameda Fenavinho, 481), em Bento Gonçalves

Quanto:  Segundo lote a R$ 75,00 para não associados a CDL-BG e R$ 55,00 para sócios. Ingressos à venda na CDL (Mal. Deodoro, 139, salas 208/216 – Galeria Zanoni).

Informações: (54) 3455-0555

Fonte: Exata Comunicação
Foto: Reprodução