De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, são esperados 12 mil e 500 novos diagnósticos da doença para este ano

 

O problema mais encontrado em crianças é a leucemia . Foto: Reprodução

A quinta-feira, 15 de fevereiro, é lembrado como Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima-se uma média de 12 mil casos novos por ano em crianças e adolescentes no Brasil. As regiões Sudeste e Nordeste do  país apresentaram os maiores números de casos novos, 6.050 e 2.750, respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.320), Centro-Oeste (1.270) e Norte (1.210).  Este número demonstra um crescimento e, com isto, a doença passa a representar a primeira causa de morte (8% do total), sendo a segunda em causas gerais, entre crianças- atrás apenas de acidentes.

Conforme a médica oncologista e especialista em pediatria, Ângela Rech Cagol, que atende a rede privada de Bento e ao Sistema Único de Saúde (SUS) de Caxias, na Região da Serra são registrados em média quatro novos casos da doença por mês, tratados pelo SUS.

No município, centro referência no tratamento na Região Nordeste do Estado, apresenta o Hospital Tacchini, como pólo clínico oncológico.  O Centro de Saúde desenvolveu o instituto do câncer- Unidade de Assistência de Alta Complexidade- com oito consultórios, 32 poltronas e cinco box para tratamento quimioterápico e  setor de radioterapia, com dois consultórios e um equipamento especializado.

Ângela relata que o câncer infantil tem como “origem a partir da constituição genética, de uma falha no sistema nervoso imunológico. Já o câncer em adultos está associado a fatores secundários, como estilo de vida das pessoas”. Ainda segundo ela, “os tumores mais frequentes (na infância e na adolescência) são as leucemias, os do sistema nervoso central e linfomas”.

A especialista ressalta que o câncer infantil pode ser mais agressivo ao câncer em adultos, porém apresenta maiores índices de combate e cura. “Hoje, 60% das crianças e adolescente conseguem vencer a doença”, destaca. Quanto aos cuidados e sintomas que devem ser monitorados por pais, responsáveis e médicos que atendem a este público, a pediatra oncologista lista: sangramentos, linfonodos na região cervical, massa endurecida na barriga, dor nas pernas e ossos, distensão da barriga, presença de dor de cabeça constante, vômitos matinais, perda de apetite e drástica perda de peso.

Ângela ainda reforça: “o câncer infantil é uma doença rara, que requer estudo, cuidados, mas com tratamento. Quanto mais cedo se fizer o diagnóstico, menos agressiva será a doença e se terá melhores condições para a cura”, enfatiza.gela.