O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, disse na segunda-feira, 13, que o banco pediu para ser uma espécie de “agência reguladora” dos jogos, sendo responsável pela centralização dos recursos e o pagamento aos apostadores, caso o projeto que libera bingos, cassinos e outras apostas eletrônicas seja aprovado pelo Congresso Nacional.

De acordo com Occhi, o país não possui uma agência reguladora de jogos e o banco público seria o ideal para gerir o processo. “Hoje a Caixa é um agente que tem credibilidade e respeito. Então essa é a nossa eventual participação se isso estiver contemplado no projeto”, afirma. Segundo ele, a estatal já conversou com parlamentares, discutindo a estruturação desses jogos, onde a Caixa participaria como gestora, operadora, controladora e pagadora. “Acho que a Caixa, por ter uma credibilidade de jogos no País, tem condição de oferecer o seu serviço a essa estruturação”, disse Occhi.

O presidente da Caixa considerou que a regularização dos jogos no País é uma oportunidade de melhorar as “receitas em geral” do governo. “Acho que é uma grande oportunidade, até porque nós temos todos esses jogos eletrônicos funcionando no País e a receita indo para fora do Brasil. Nós não temos cassinos e sabemos que há um universo que pode trazer esse investimento para o País”, garante.

Segundo ele, há estimativas de receitas de impostos sobre os jogos que podem chegar a R$ 20 bilhões por ano após a regularização. “Existe o jogo, não podemos negar. As pessoas apostam e o País está deixando escorrer pelas mãos essas receitas de tributação”, afirma.