Eles são ricos em vitaminas, minerais e propriedades funcionais, mas também contêm calorias, taxas consideráveis de carboidratos e de gorduras. E podem fazer você engordar.

Suco verde

Ele é rico em fibras, melhora a oxigenação dos tecidos e ajuda a desinchar o corpo, atenuando a celulite. Porém nutricionistas alertam que o consumo ao longo do dia, com várias frutas, pode acarretar o excesso de carboidratos de rápida absorção, contribuindo negativamente com o peso e até com a saúde. O mesmo ocorre se acrescentar açúcar. O suco verde, com folhas e gengibre, melhora muito a qualidade nutricional, mas é bom adicionar uma fruta por vez.

Alimentos integrais

Ricos em fibras, dão saciedade, colaboram para o bom funcionamento do intestino e auxiliam no controle do colesterol. Mas um erro comum é o exagero na quantidade quando se faz a troca do tradicional pelo integral: deixar de comer um pãozinho branco por medo de engordar, mas consumir três unidades com sementes, que normalmente têm farinha branca na composição. O fato de ser integral não quer dizer que o alimento tenha menos calorias. Em alguns casos, pode ter mais do que a versão com farinha refinada. Tem gente que consome os integrais com o seguinte pensamento: “A fibra não é digerida, não vou absorver. Então, posso comer à vontade”. Só que há outros componentes que dão corpo ao alimento. Eles são ricos em carboidratos e, algumas versões, podem conter bastante açúcar e gordura, como é o caso dos biscoitos integrais. Em versões saborosas, também podem levar a um consumo maior.

Laticínios

São ricos em cálcio e ajudam na qualidade do sono. O queijo amarelo, por exemplo, costuma ser sempre associado à gordura. Só que o tipo minas e o amarelo têm uma quantidade de gordura muito aproximada. É preciso estar atenta à escolha do iogurte, já que há bebidas lácteas ricas em açúcar e pobres em proteínas. O iogurte saudável deve conter, no mínimo, 5 g de proteína em 200 ml da bebida. Várias pessoas que utilizam muitos laticínios seguem aumentando o peso. Não se dão conta de que isso se deve ao excesso. Muito cuidado com as versões lacfree. Apesar de se acreditar que sejam mais magras do que as tradicionais, caloricamente não têm quase nenhuma diferença.

Azeite de oliva extravirgem

É o alimento que tem glamour entre os saudáveis. É rico em ômega-6 e atua na prevenção dedoenças cardíacas e artrose. Como o extravirgem faz bem, é comum ver quem abuse na quantidade e adicione ao pão do couvert, ao queijo, à salada. Mas o importante é não exagerar, já que se trata de 100% de gordura. Uma colher de sopa tem de 70 a 90 calorias, enquanto uma colher de maionese tem 40 e é também fonte de gordura boa.
Barras de cereal

É preciso ter cuidado com o conteúdo da barrinha. O erro mais comum é comprar o produto que está em oferta no supermercado – ou aquele com sabor agradável – sem prestar atenção no conteúdo. Algumas opções possuem gordura vegetal hidrogenada, responsável pelo aumento do colesterol ruim e pela queda do bom. Outras têm alto teor de açúcar. Há barrinhas que mais parecem um chocolate. A dica é não se fixar apenas na embalagem e no número de calorias, mas nos ingredientes presentes na composição e na quantidade de fibras oferecida. Dê preferência àquelas em que é possível enxergar a granola e/ou as oleaginosas. Se ela tiver açúcar entre os primeiros ingredientes ou gordura hidrogenada, não é recomendada para a saúde.

Oleaginosas

Elas são pequenas, saborosas e… muito calóricas. As oleaginosas possuem gorduras boas, vitaminas e minerais, além de proteína. Auxiliam na redução do colesterol, melhoram o sono e, se forem consumidas na quantidade apropriada, até ajudam a queimar quilinhos. Como todo alimento rico em gordura, elas têm mais sabor e podem favorecer o consumo maior. Resultado? Engordar se forem ingeridas em excesso. Dez nozes, por exemplo, contêm 196 calorias e 20,4 g de gordura.

Água de coco e isotônicos

Um erro comum é a utilização da água de coco e de bebidas esportivas, opções com carboidrato, para matar a sede. A água de coco tem pouquíssimas calorias e sódio, mais potássio do que muitas bebidas esportivas e baixas quantidades de gordura e açúcar. Mas algumas opções contêm adição de açúcar. É importante ler o rótulo. Já os isotônicos, indicados para atletas, são figurinhas carimbadas em academias. Mas nem sempre aliados. Um erro comum: a pessoa que quer perder peso e toma isotônico após fazer uma caminhada na esteira. Nesse caso, ela irá repor as calorias perdidas na atividade aeróbica, o que evitará que o corpo use a gordura como uma fonte de energia para a atividade.

Mel

Ajuda a fortalecer o coração e melhora a absorção de nutrientes e a eliminação de toxinas. O problema é substituir o açúcar pelo mel e abusar na quantidade, já que ambos têm praticamente as mesmas calorias. A diferença é que o mel é mais nutritivo. Um erro comum é transformar o mel como tempero: no queijo, no iogurte, na panqueca, no café etc.

Supergrãos

Cada tipo de grão possui benefícios únicos. São ricos em fibras, proteínas, vitaminas, minerais e carboidratos de ótima qualidade, excelentes em dietas de emagrecimento. Como são saudáveis, costuma-se adicionar supergrãos em várias preparações, como sucos, saladas e pratos quentes. Um exemplo: colocar chia no bolo e consumi-lo só porque contém o grão. Como o principal componente é o carboidrato, ele pode representar um aumento de peso a longo prazo se ingerido em excesso. Uma dica: varie. Além do arroz integral e da aveia, coma também a quinua, a chia, a linhaça…

Proteínas em pó

O suplemento alimentar complementa a rotina, define a musculatura, ajuda a emagrecer. Mas é preciso cuidar da alimentação ao longo do dia, já que não faz milagre. Muitas pessoas tomam suplementos depois da academia achando que estão fazendo uma dieta superavançada e com resultados certeiros, mas não é bem assim. O consumo deve ser adaptado ao estilo de vida e ao metabolismo. Os shakes proteicos geralmente são muito calóricos e nem todas as opções são indicadas para dietas de emagrecimento. Outro problema é o consumo de suplementos proteicos em quantidade adicional. Coloca-se por cima da fruta, no pudim, no shake, no suco, o que pode induzir a pessoa a comer mais. Em vez de uma única fatia de pão integral, ela consome muitas fatias do bolo de suplemento e também belisca ao longo do dia. Ou seja, comerá mais por que o alimento seja tachado de saudável. É importante observar a quantidade de proteína no rótulo.

Alimentos sem glúten

Para pessoas alérgicas e intolerantes a essa substância, a exclusão dela é necessária para evitar inchaço, cólica, cansaço, diarreia e outros sintomas. Mas há quem reduza o consumo com a intenção de diminuir o pH sanguíneo e as inflamações. Entretanto, alimentos sem glúten e as versões tradicionais contêm praticamente as mesmas calorias. É muito comum ver pessoas consumindo alimentos sem a proteína como se tivessem o poder de gerar emagrecimento, mas isso não é possível.

Fonte: mdemulher.abril.com.br