Não há registros precisos que datem o início das relações comerciais na nossa sociedade O que se sabe, é que elas ocorrem desde a antiguidade: desde as primeiras movimentações a partir do escambo e permuta; os modelos tradicionais de lojas físicas que “trocam” dinheiro por produtos; passando pelos atuais fenômenos do comércio eletrônico entre pessoas, sem intermediário, via redes sociais. Tudo é comércio. Assim como é o Brique da Praça, que há seis anos é gerido pela instituição social Pequeno Grande Campeão e movimenta as praças de Bento Gonçalves.

Com quatro edições já realizadas, pelo segundo ano consecutivo o Brique da Praça terá 15 ações ao longo do ano. A próxima será no sábado, 14 de abril. Elas acontecem em espaços públicos da cidade.

O evento normalmente é realizado na Praça Centenário. As edições extras – como a que ocorrerá no sábado – são realizadas na Praça Vico Barbieri. De acordo com o responsável pela feira e líder do Pequeno Grande Campeão, Jeferson Vidal, as ações em locais abertos e livres ajudam a cidade, como um todo. “As praças precisam de movimentação para que não sejam abandonadas. E quando fazemos os briques nestes locais vemos a participação de pessoas, de jovens que estão lá para diversão. Então é um aproveitamento bom de espaço”, acredita.

Os expositores precisam estar cadastrados junto à organização. Participam pessoas físicas – autônomos portadores do certificado do Microempreendedor Individual, o MEI -, artesãos e vendedores do gênero alimentício. A comercialização de alimentos foi inserida no ano passado, a fim de aumentar o público no local. Todos os produtos precisam ser legalizados e regulamentados.

Um dos grandes destaques para quem comparece ao local são as vendas de móveis. Estes são organizados e postos à venda pela instituição beneficente Nossa Casa.

Mas não é só venda

A feira do Brique da Praça é um projeto beneficente que existe há cerca de 15 anos. Nos últimos anos, gerido pelo Pequeno Grande Campeão, o evento cresceu e passou de aproximadamente seis eventos ao ano para 15.

Mesmo que a atividade mais chamativa seja a comercialização, o brique tem o intuito de conectar a comunidade aos espaços e atividades. “A questão não é somente vender. Temos atrações culturais como apresentações de músicas e danças. Procuramos a interação com quem participa”, cita Vidal. Beneficente, o projeto arrecada para entidades através das vendas.

Após o crescimento do projeto e aumento considerável no número de edições, a expectativa da organização é que em um futuro próximo, o Brique da Praça tome uma forma maior, com grande participação da comunidade. A ideia é de que o projeto possa tornar-se semanal.


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