No mês em que completou sete anos de vida, a Balada Segura comemora uma redução de 40% da proporção de motoristas flagrados sob o efeito de álcool nas blitze. Os dados somam os etilômetros positivos e as recusas a realizar o teste nos 33 municípios conveniados e mais o Litoral no período de veraneio. O balanço foi apresentado pelo diretor-geral da Autarquia, Ildo Mário Szinvelski, na Assembleia de Verão da Federação dos Municípios (Famurs) na semana passada.

Em 2011, quando o programa foi lançado em Porto Alegre, a proporção dos flagrantes de embriaguez entre os abordados na operação era de 12%. Esse percentual vem caindo gradualmente ao longo dos anos, chegando em 2017 a 7% dos motoristas que “caíram” na blitz e tinham álcool no sangue ou recusaram-se a fazer o teste (o que a legislação considera similar e, portanto, aplica as mesmas penalidades).

Do total de 5,3 mil motoristas abordados no ano de estreia da Balada Segura, um total de 647 motoristas foram retirados de circulação nas 103 blitze realizadas.  Em 2017, foram 134 mil abordagens na Balada Segura. Contando-se os 2,8 mil testes positivos com as sete mil recusas, a Balada Segura impediu 9,8 mil motoristas alcoolizados (ou sob suspeita de ter ingerido álcool) de seguir viagem colocando em risco a vida dos demais.

Estimulando as prefeituras a aderirem ao programa,  Szinvelski falou que a redução gradual do percentual de autuados nas blitze da Balada Segura demonstra a eficiência do programa. “Com o endurecimento da fiscalização e com as ações educativas, as pessoas compreenderam o tamanho do risco de dirigir sob o efeito de álcool. Investir em prevenção representa economia de gastos em saúde, em previdência social e, principalmente, vidas humanas salvas”, explica.

Abordagens

Além de aumentar o número de municípios conveniados – foram quatro novas adesões em 2017 – a Balada Segura aumentou o número de abordagens nos 33 municípios em que atua. O aumento foi de 38% em relação ao ano anterior e de 240% em relação ao primeiro ano.

Nesses sete anos de história, já foram abordados na Balada Segura 440,8 mil condutores, quase dez por cento das pessoas que possuem CNH no Estado. Foram mais de sete mil blitz realizadas e 414,3 mil testes de etilômetro aplicados.  Somando-se testes positivos e recusas, foram 37,8 mil motoristas retirados de circulação.  As blitze da Balada Segura também registram diversas ocorrências e prisões. Somente por crimes de trânsito, foram presos nesse período de sete anos 2,1 mil motoristas por dirigir embriagados.

Acidentes

Durante os sete anos da Balada Segura, o Rio Grande do Sul registrou uma redução de 37,6% das mortes durantes as noites e madrugadas em vias municipais nos municípios que possuem Balada Segura. Em 2010, ano anterior ao início do programa, foram 470 mortes dentro de cidades gaúchas. No ano passado, foram 293 óbitos. Longe de ser um fato a se comemorar, o resultado só mostra a importância de reforçar os programas de segurança no trânsito existentes e desenvolver novos.

Em Porto Alegre, onde o programa está há mais tempo e atua mais fortemente em blitze diárias (às vezes simultâneas) com agentes da EPTC e duas equipes do DetranRS, a redução de acidentes com morte nas noites e madrugadas segue em tendência de queda, com algumas oscilações no período.

Em relação a 2010, ano anterior ao início da Balada Segura, os números do ano passado apontam uma redução significativa nos acidentes durante as noites e madrugadas. Dados da EPTC apontam para uma redução de 35,6% nos acidentes com mortes, 40% nos acidentes com lesão e 72% nos acidentes com danos materiais.