Continuidade. Essa é a palavra-chave para o trabalho do Esportivo, que ainda em 2016 já concentra todas as suas forças no principal objetivo para o ano que vem: fazer uma boa Divisão de Acesso e conquistar a vaga para a elite do Campeonato Gaúcho de 2018. Para isso, a diretoria vai apostar em um nome já conhecido do torcedor. Na última segunda-feira, 12, o técnico Badico foi anunciado como o comandante da equipe para a próxima temporada. O contrato foi renovado, e o técnico de 48 anos, natural de Bagé, será o responsável por tentar recolocar o Esportivo na Primeira Divisão.

Apesar de ter recebido propostas de outros clubes, inclusive de fora do Estado, o técnico optou por permanecer em Bento Gonçalves, após um trabalho avaliado como positivo na Divisão de Acesso de 2016. O time alviazul deixou de ir ao quadrangular final por detalhe. Mais especificamente, no saldo de gols: a diferença de quatro bolas na rede em relação ao União Frederiquense, de Frederico Westphalen, foi o que tirou a chance de o time brigar até o final pelo acesso.

Jornal Semanário: Você recebeu algumas propostas de outros clubes, mas decidiu pela permanência no Esportivo. Por quê?

Badico: A primeira coisa que é importante em um processo de continuidade é seriedade da direção. A responsabilidade do Guilherme (Salton, presidente do clube), do departamento financeiro, isso é importante, porque a gente tem experiência dentro do futebol. Vejo a seriedade e o comprometimento, o trabalho muito forte da direção, para colocar o Esportivo como um clube organizado. Muitos clubes pensam numa gestão curta, com imediatismo, e não pensam no futuro. Não é o caso do Esportivo. Essa gestão moderna, com as contas em dia, investimento em categorias de base, por meio de uma direção com responsabilidade administrativa, vai realmente fazer o Esportivo ser um clube como a gente precisa ter. E eu fiz esse diagnóstico participando das reuniões, convivendo no clube. Mesmo com todas as dificuldades em 2016, a escassez de patrocínio, as desconfianças, eles tiveram muita competência. Esse foi um dos fatores que me fez acreditar no trabalho e dar continuidade. A outra foi o carinho do torcedor, sempre muito participativo. Por experiência, por ter jogado, a gente sente que tem uma proximidade com o torcedor e acaba se identificando. E o torcedor foi participativo. Vivenciar mais uma vez isso dentro de um estádio, essa paixão, essa demonstração de carinho, o entusiasmo e paixão pelo clube, faz com que a gente se envolva. Apesar do pouco tempo em Bento, acabei me apaixonando. Recebi dois convites de time do Estado, e até um de fora, mas optei por permanecer.

JS: Qual a importância dessa continuidade para 2017?

Badico: É fundamental para que a gente consiga o que todo mundo quer, que é o acesso. Futebol, infelizmente, não tem alternativa, a não ser ganhar para chegar a uma melhor condição financeira. É preciso resultado. Com trabalho de base, inclusive. O Esportivo precisa dar continuidade nisso. E o acesso à Primeira Divisão é fundamental. Com isso, há um investimento muito maior. Cotas de TV, repasse da federação. Isso proporciona uma situação melhor pra fazer investimento. Por isso, é preciso muita habilidade na montagem da equipe. Em 2016 montamos uma equipe forte, e precisamos qualificar isso. Fazer ajustes em termos de jogadores, com mais experiência. Minha expectativa é qualificar o que a gente fez em 2016.

Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário deste sábado, 17 de setembro