Centenas de trabalhadores da Capital do Vinho reuniram-se no centro da cidade, para manifestar sua contrariedade às reformas que tramitam no Congresso Nacional e também contra o governo do presidente Michel Temer (PMBD). Enquanto nos grandes centros o início dos atos se deu desde as primeiras horas da sexta, 28. Em Bento, o protesto começou apenas às 14h.
O movimento foi articulado pela intersindical, que reune os sindicatos trabalhistas da cidade. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais (Sindiserp), Isaura Bolesina, a adesão da categoria foi grande. “Em torno de 40 escolas públicas (estaduais e municipais), paralisaram” afirma. Isaura comenta, também, que o percentual de adesão do magistério foi de 90%.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário (Sitracom), Itajiba Lopes, a paralisação é imporante para conscientizar o trabalhador sobre a situação dos seus direitos. “Se ele não sair para a rua agora, depois que for votada e aprovada a reforma não vai adiantara nada.” aponta o presidente. Para Lopes, o trabalhador deve sair às ruas para garantir os direitos das futuras gerações. O presidente afirma também que se a reforma trabalhista for aprovada no Senado Federal, não adiantará protestar contra a emenda da previdência. “Os trabalhadores jamais vão conseguir juntar tempo de contribuição para aposentadoria”, analisa. Para ele, os principais entraves são: trabalho intermitente, terceirização e trabalho temporário.
Outra categoria que se fez presente foi o Sindicato dos Metalúrigos (Stimmme). O presidente Elvio de Lima acredita que as manifestações são para dar um recado aos políticos. “Essa mobilização vai mostrar que o povo não concorda com as reformas.
Para o Sindicato dos Empregados do Comércio (SEC-BG), a expectativa de mobilização foi positiva. “A sociedade brasileira conseguiu fazer parar o nosso estado e o nosso país”, avalia a presidente Orildes Lottici.

Paralisação na Serra

Nas outras cidades da região também houve adesão às manifestações.
Caxias do Sul teve seus principais acessos bloqueados nas primeiras horas manhã. Manifestantes trancaram a principal avenida da cidade, Sinimbu, e ocuparam a praça Dante Alighieri. Os ônibus voltaram a circular somente às 10h da manhã. As escolas da cidade também aderiram ao movimento de paralisação, calcula-se que cerca de 50 escolas da rede pública não tiveram atividades.

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