O artista, independente do segmento em que atua, sempre promove novos olhares sobre o seu ofício. Seu papel é uma mediação entre o terreno e o sensorial, entre a realidade e a poesia, entre o instantâneo e o que está nas entrelinhas do futuro. Assim, o artista sempre é um investigador das formas e como essas promovem obras que nascem das fronteiras entre o abstrato e o conceitual.

E é nesta linha de trabalho que a artista plástica capixaba, Pamela Reis traz em sua primeira exposição na Fundação Casa das Artes. “A Poética das Dobras” é uma série de desenhos e grafite sobre tecido, composta de aproximadamente de 80 obras com dimensões variadas de 3 cm a 10 cm de diâmetro. A mostra estrutura-se nas linhas e manchas traçadas de forma organizada a partir da observação de dobras reais.

Segundo Pamela, “as obras remetem a dobras do corpo, podendo ter uma conotação erótica, das roupas, das montanhas, das dunas de areia… De modo geral é um convite à observação minuciosa de detalhes que muitas vezes passam despercebidos por nós na correria do dia a dia”, destaca.

Desde a infância, Pamela sempre se identificou com desenho e pintura: “Nunca tive dúvidas sobre o que eu gostaria de fazer da minha vida no quesito profissão”, lembra. Ingressou em Artes Visuais da Universidade do Espírito Santo e, desde a metade do curso em 2009, começou a expor, participando ativamente a nove anos do campo das Artes.

A mostra artística foi contemplada pelo Edital 01/2017 “Convocação para Exposições”, da Fundação Casa das Artes. O documento tem o objetivo de selecionar artistas, grupos ou coletivos para realizar exposições individuais de Artes Visuais nas galerias da instituição.

Serviço

O que: “A Poética da Dobra”, de Pamela Reis

Período de visitação: 5 a 30 de abril

Horário: 8h à 11h45 e 13h30 às 17h45

Onde: Fundação Casa das Artes – Rua Herny Hugo Dreher, 127, bairro Planalto

Entrada franca