Essa é uma semana de mudança para mim. Mudança literalmente, pois estou organizando minhas coisas para mudar de lar. Mexe aqui e ali, revira o guarda-roupa e… nos damos conta de quanto acumulamos e passamos e selecionar aquilo que realmente é importante. Enquanto fizemos essa limpa, nossa cabeça também entra no embalo. Pensamentos vão e vem. Eis então que me deparei pensando sobre amizades. Um tema para ser abordado de várias formas diferentes. A amizade ‘fácil’, que encontramos, por exemplo, no Facebook. Sabe? Aquela que é mais superficial, que a gente manda beijo, curte as fotos, as imagens de lugares e comidas, e mandamos parabéns na data de aniversário. Essa não exige atenção nem cuidado, não nos exige nada, porque não existe, pois nela, não há a convivência: o mais difícil da vida.

A convivência nos exige amadurecimento, paz, amor e desprendimento. É muito fácil ser amigo de uma pessoa que não está no seu dia a dia. As mídias sociais nos trouxeram muitas coisas boas. Nós alcançamos locais diferentes, tivemos a oportunidade de conhecer outras pessoas e nos relacionar com elas. Mas não é no mundo online onde estão as amizade verdadeiras (as vezes acontece – um encontro, mas a partir daí passamos a conviver, portanto o real é fora do mundo virtual).

A amizade real, verdadeira, tem que sobreviver a várias coisas: ao mau humor, ao sucesso e fracasso do outro, e talvez ao seu próprio fracasso ou sucesso. Situações comuns da vida que mexem com os nossos sentimentos. A amizade tem que sobreviver a um “não”. E precisa sobreviver a você mesmo. Amizade é tudo isso. É também querer muito bem ao outro e desejar isso de coração. Desejar que essa pessoa seja realmente feliz. Amizade mesmo é quando a gente aprende a gostar, respeitar, amar, conviver, apesar dos defeitos e das dificuldades. Aquela que temos pelo pai, mãe, irmão ou filho, e que nos exige um enorme crescimento. Quando a gente consegue vencer isso, é quando praticamos a verdadeira amizade.