A perspectiva do Sindicato da Indústria de Alimentação de Bento Gonçalves (Sindal-BG) é de que o quadro econômico do país deva melhorar em 2018, uma vez que nos últimos meses de 2017 demonstrou sinais de recuperação. O órgão também entende que a alternativa para resolver os problemas no Brasil é o combate à corrupção.

Além disso, a instituição aponta que ao longo do ano passado buscou agregar seus associados em torno da entidade, visando qualificação e crescimento. De acordo com informações da entidade, o objetivo é sempre o de produzir com mais qualidade.

Na opinião do presidente do Sindal-BG, Mauro Gasperin, em 2018 vai ser possível modificar o quadro de recessão atual, uma vez que há uma tendência natural dos consumidores de reagir contra os períodos longos de estagnação da economia. “Esta reação é que põe a locomotiva de superação em marcha”, salienta. Ele pontua ainda que se percebe uma evolução nas vendas.

Gasperin destaca ainda que a entidade busca constantemente a qualidade para melhor servir, concorrer e oferecer mais para os clientes. Ele aponta que isso é consequência da troca de experiências. “Também para proporcionar melhores condições de trabalho aos colaboradores, através cursos práticos em gestão e administração empresarial, cursos técnicos e de boas práticas de fabricação”, pontua.

Ainda de acordo com o presidente, a conjuntura municipal tem se revelado adequada, em vista das condições financeiras a que todos os municípios estão subjugados, em um contexto de crise econômica. “É claro que sempre esperamos mais de nossos administradores municipais, mas vemos que na saúde, na educação, não temos os problemas crônicos visto em outros municípios”, aponta. Em contrapartida, Gasperin avalia que há muito o que melhorar em termos de segurança. “Estamos perdendo totalmente o controle”, opina.

Soluções para 2018

No ponto de vista de Gasperin, a principal alternativa para o Brasil melhorar é “o combate contínuo à roubalheira praticada pelos partidos políticos e seus filiados”. Ele entende que se não existisse corrupção, haveria recursos para investimentos em educação, saúde, segurança e infraestrutura. “É tão necessário dar atenção às rodovias, ferrovias e portos”, comenta.

Além disso, no entender do presidente do Sindal-BG, os altos impostos também são decorrentes da corrupção, na medida em que esse dinheiro poderia ir para o bolso do consumidor. “Este, por sua vez, consome e alimenta assim o círculo virtuoso da economia, de produção e consumo”, afirma

Outro fator considerado essencial por Gasperin é colocar em prática a nova legislação trabalhista, aprovada em 2017. Ele afirma que a lei está sendo boicotada pelos juízes do trabalho. “Eles fazem isso sob o pretexto de proteção ao trabalhador. Ora, quem protege o trabalhador é o empregador, que lhe dá emprego e renda”, ressalta.