Aos 89 anos de idade (recém completados no dia 1º de maio), Ismael Invernizzi esbanja alegria, saúde e boa memória. Ele saiu de Muçum (cidade próxima a Encantado) para tentar a vida em Bento Gonçalves, onde reside com a nora, Maria Elita Invernizzi, em uma casa simples e aconchegante no bairro São João. Morador do local há 40 anos, ele viu a comunidade crescer e conta como contribuiu para a sua formação.  

Na época da mudança, o local era rodeado por mato, parreirais e uma rua (atualmente Santos Dumont), onde não havia água e luz. Dona Maria relata as dificuldades enfrentadas nos primeiros anos de moradia. “Pegávamos água em um açude, para tomar e lavar roupa. A água não era limpa como agora, era suja, mas tomávamos, pois era a única que tínhamos”, recorda.

Seu Invernizzi, com os olhos brilhando ao relembrar, conta que as principais necessidades não eram atendidas. “Não tinha condução para ir pro centro, a gente tinha que caminhar por muito tempo para chegar. Não tinha carro, não tinha nada, hoje tem ônibus até demais”, salienta.

Invernizzi lembra que trabalhou como pedreiro e ajudou a construir casas no bairro, que até então não tinha nome. “Ajudei a construir sete ou oito casas aqui nesta rua”, comenta. Maria relata também que o nome para o local foi decidido em uma missa.  “O Padre Chico rezou no porão aqui da casa vizinha e pediu para que encontrássemos um nome. Após muitas discussões, decidimos por São João”, lembra.

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