Ela não foi apenas uma festa, mas um marco histórico do município de Bento Gonçalves e patrimônio cultural da nossa comunidade.

A FENAVINHO foi a primeira manifestação plena de união e força comunitária deste município, dividindo a história entre o “Antes e Depois da Festa”. Conferiu a todos nós uma identidade “Capital Brasileira do Vinho”. Nos deu prestigio; nos deu projeção, nos mostrou para o Brasil, para o mundo e sobretudo para nós mesmos.

A FENAVINHO foi e é a expressão mais plena do esforço de todos, sem reservas. Empresários, trabalhadores abnegados, Exercito, padres, paroquias, capelas, homens, mulheres e crianças, todos, enfim, deixaram de lado suas diferenças para trabalhar incansavelmente na preparação desta festa. Por isso ela é um patrimônio cultural.
Para compreender melhor o que significou a FENAVINHO para todos nós, é preciso voltar um pouco no tempo. Naquela época, Bento Gonçalves não tinha sequer um acesso asfaltado. A população aproximadamente 35,440 habitantes, cidade e interior.

O lançamento da ideia oficial de uma Festa do Vinho se deu quando o Colégio Marista Aparecida, estando reunidas a Associação de Pais e Mestres e a Associação dos ex- Alunos Maristas, juntamente com a direção da Escola, para planejar os festejos das Bodas de Prata daquele estabelecimento, o Engenheiro Agrônomo Loreno Augusto Gracia sugeriu, como atrativo dos festejos, a realização de um Festival do Vinho, isto no ano 1965.

A ideia mereceu a melhor acolhida dos participantes das diversas reuniões que então se realizaram. Porém, á medida em que estas se sucediam, os planos iam ampliando a dimensão do empreendimento que inciou a ser destinada a uma promoção local e foi logo transferida em âmbito Estadual e por fim Nacional.

Diante do vulto do empreendimento, as associações participantes julgaram-se incapazes para realização e resolveram, levar a ideia ao Prefeito Municipal da época, Sr. Milton Rosa, através do Engenheiro Agrônomo Loreno Augusto Gracia e do Irmão Avelino Madalozzo, Diretor da Escola. Neste mesmo ano o município completava o Jubileu de Diamante de Emancipação, o Executivo Municipal acolheu com simpatia a sugestão tendo convocado para debater a questão, diversos líderes locais, e Presidente de Entidades as quais juntos abraçaram a ideia.

Em 23 de março de 1965 a Associação dos ex-Alunos Maristas do Colégio Aparecida reuniram-se para elaborar a programação do décimo aniversário do Escritório Modelo. Na reunião surgiu a ideia da Exposição Industrial e o Festival do Vinho. Na diretoria: Presidente, Nilo J. Carraro, vices-presidentes, Moyses L. Michelon e Domingos de Paris; Secretário, Basílio Michelon, Mauro Poletto e Hilário de Souza Marques; Tesoureiro, Nestor de Rossi e Jane Cogo. Assessor, Irmão Avelino Madalozzo.

Depois de demarcada a dimensão do que era pretendido, julgou-se necessário nomear uma comissão que teria como finalidade o seu planejamento. Presidente, Eng. Agr. Loreno Augusto Gracia; vice, ind Ênio Fasolo; Secretário, ind Moisés L. Michelon. 2º secretário, Pedro Koff. Tesoureiro, Armando Neis.
Em agosto de 1965, o Presidente viaja repentinamente aos Estados Unidos. A diretoria executiva julgou inconveniente a realização da Fetsa do Vinho, considerando que dificilmente poder-se ia contar com verbas estaduais e federais. Foi então adiada para o ano de 1967.

VOCE SABIA QUÊ…
A primeira FENAVINHO se realizou de 25 de fevereiro a 12 de março de 1967???