A Fenavinho
O Centro da Indústria, Comércio e Serviços – CIC, tomou para si, mediante compromisso público não, mediante compromisso privado, a FENAVINHO, que pertencia a uma OSCIP (Organização Sociedade Civil de Interesse Público). Tudo muito natural, o Prefeito teve 6 anos para conduzir a solução do problema de insolvência da FENAVINHO, do ESPORTIVO, da FUNDAPARQUE, do CONSEPRO, e não se coçou, entendeu que “a solução vai dar de si”, basta o apoio moral e promessa de ajuda financeira. Foi o CIC, com a ajuda de um mentor intelectual, que assumiu tudo, resolveu tudo, o Prefeito agora festeja, com o ressurgimento dos FÊNIX. Tudo também natural em se tratando de PROJETO PASIN de administrar. Era natural também que, no estado falimentar da FENAVINHO, ninguém se animasse, a não ser judicialmente como alguns fizeram, de cobrar dívidas via judicial, penhorando bens particulares de ex dirigentes e a própria marca FENAVINHO, sem constrangimentos. Agora, polemiza-se o fato da marca FENAVINHO estar penhorada mas, até bem pouco tempo, quando o CIC não estava envolvido, ninguém falava nisso, postura tipo “não se atira pedra em cachorro morto”. Injustiça com o CIC, é preciso dar tempo, tudo vai para o seu lugar, a Entidade não tem que dar justificativas públicas de como vai pagar a dívida do evento. À comunidade compete apenas festejar a volta da festa em seu esplendor e julgar se ela atendeu ou não suas expectativas. Mesmo assim caberá ao CIC o ajuste de conduta diante do muito que há por fazer no sentido do resgate. É possível que seus dirigentes tenham cometido erros de avaliação ou de postura, no entanto, exercer posturas e justificativas comunitárias não é dever de Entidades de direito privado. Dos credores o CIC paga quem quiser, quando quiser e como quiser, é assunto entre eles. Quanto a festa e seus efeitos compete a comunidade julgar, mas vamos deixar acontecer. Esta é a essência, fora disso é especulação, tentativa de condicionamentos em prejuízo da imagem pública da Entidade.

A procura de cargos
Orildes Lottici, Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, está há décadas no cargo, segue a regra dos Presidentes de Sindicatos dos Trabalhadores a nível Brasil. Ora no PSDB, ora dissidente, devota da candidatura da eleita Deputada Zilá Breitenbach, do PSDB, Orildes está sentindo “coceira”, comenta-se que vai assumir um cargo no Governo do Estado, deixando o Sindicato em mãos de Sérgio Neves, líder sindical que tem familiares exercendo cargos de confiança no Governo Pasin. Dá para entender esse comprometimento político de lideranças sindicais desta maneira? Pobre PSDB, do Vice-prefeito Aido José Bertuol, do Vereador Gilmar Pessuto, assim como pobre MDB, do Gabrielli, do Gabardo, partido de oposição a Pasin mas que tem no Vereador Elvio Altzer de Lima, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico, um político e líder sindical detentor de cargos de confiança na administração Pasin. O candidato a Deputado pelo MDB, Alcindo Gabrielli deverá assumir cargo, sabe-se lá qual, no Governo Federal na pasta do Ministério da Agricultura, em mãos do deputado Osmar Terra, que tenho no maior conceito depois de conhece-lo de perto e ter conhecido seu pai, quando Prefeito de Santa Rosa. O Prefeito Pasin, chegadíssimo ao Governo Leite, está ajeitando correligionários em cargos na gestão pública estadual. Nada anormal, não vai Bento vai Pasárgadas. Onde eu quero chegar? Dizer que estas práticas não condizem mais com a nova forma de pensar do povo brasileiro. Os políticos não são donos de seus cargos, são prepostos, eles devem agir com respeito aos princípios da ética e dos bons costumes, dentro dos preceitos da moral, além da justiça.

Modernismo e Impressionismo
Há uma maneira moderna de se fazer gestão pública, dentro dos preceitos da empresa privada, conduzindo os interesses de municípios, estados, nação, de forma responsável, empresarial, gastando-se bem o dinheiro público. Gasta-se levando em conta critérios técnicos e prioridades e se não houver, não se gasta. Os políticos têm que procurar crescer pelos seus méritos de gestão, não através de pirotecnias políticas. Foi isso que norteou, salvo melhor juízo, respeito opiniões, a gestão do Governador Sartori. O então candidato Eduardo Leite, agora Governador, tentou, através de pirotecnias, destruir a imagem de Sartori. Embora se compreenda, não é um bom preceito de comportamento político. No entanto esse desgaste de Sartori foi superado na medida que o Governador está atrasando salários, não conseguiu resolver o problema da dívida do Estado com a União, não conseguiu pagar os precatórios, não conseguiu equilibrar as finanças do estado e partiu em busca, não de apoio, mas sim de compreensão da sociedade civil em torno das dificuldades do estado e da necessidade da união para resolver a crise que afeta a todos. Capitulou o Governador. Mas, como ele é talentoso, hábil, conduzirá, de forma positiva, as questões politico-administrativas do estado. Se fará uma boa gestão, ou não, é assunto para depois e, a avaliação, é do povo. Ajustou-se o Governador a uma condução técnica da gestão pública, o que nos deixa de certa forma plenos e satisfeitos. Há outra forma de gestão pública, aquela do impressionismo, não tem dinheiro mas anuncia-se que vai se fazer isso e aquilo, mas as coisas não acontecem. E, por vezes, o isso e aquilo não casa com a vontade popular, digo melhor, com a visão popular e de respeitáveis lideranças, quando estas não estão envolvidas nesse processo por interesse pessoal, corporativo e de grupos. O Governo Pasin agita demais, o que não é um defeito, é uma distorção. O que é que o povo quer? Um bom gestor e um bom político. Estará Pasin se esforçando para isso? Se sim deve seguir o exemplo da galinha, primeiro bota os ovos e depois sai cantando. Continuo no assunto na próxima coluna. Bye.